A Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) propôs ao setor de datacenters que grandes operadores de infraestrutura digital no Brasil adquiram energia diretamente da futura usina nuclear Angra 3.
De acordo com a entidade, a ideia é viabilizar a conclusão do empreendimento, ao mesmo tempo em que garante uma fonte limpa, estável e de alta disponibilidade para suprir a crescente demanda energética da indústria digital.
A proposta foi discutida em encontro recente com representantes do setor, marcado pela presença de Alessandro Lombardi, presidente da Elea Digital Data Centers. O assunto será debatido em próximas reuniões envolvendo também o Wandermilson de Jesus Garcez de Azevedo, diretor da ENBpar.
Segundo Celso Cunha, presidente da ABDAN, a iniciativa responde à necessidade urgente de atrelar o desenvolvimento do setor ao consumo energético sustentável.
“A expansão dos datacenters no Brasil exige energia firme, confiável e sustentável. A nuclear reúne todas essas condições. Atrelar Angra 3 à nova economia digital é uma oportunidade de concluir a usina e de colocar o Brasil em posição de liderança nesse setor estratégico”, afirmou.
A ABDAN destacou que o debate ocorre em um momento em que grandes players internacionais do setor já estudam parcerias semelhantes, alinhando segurança energética e descarbonização às metas globais de transição energética.