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Rede social confirma que suspeito de assassinar Kirk confessou crime na plataforma

O principal suspeito do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk confessou ter realizado o crime na plataforma de comunicação por voz Discord. Tyler Robinson, de 22 anos, admitiu a responsabilidade pelo episódio em mensagem enviada aos amigos horas antes de se entregar à polícia. As informações foram divulgadas na segunda-feira, 15, pelo jornal americano The Washington Post.

“Fui eu na UVU (Utah Valley University, onde Kirk foi morto) ontem. Peço desculpas por tudo isso”, afirma uma mensagem enviada por uma conta atribuída a Robinson. Ainda na segunda, um porta-voz do Discord confirmou a veracidade das mensagens à emissora americana CBS.

Segundo fontes policiais, o suspeito conversava sobre o tiroteio em um bate-papo em grupo com mais de 20 pessoas na plataforma. Um dos membros teria questionado Robinson se ele era o atirador, algo que não foi negado pelo jovem. Momentos depois, os participantes fizeram piadas sobre como ele deveria evitar o McDonald’s, em uma referência direta a forma como Luigi Mangione – suposto assassino do CEO da UnitedHealthcare – foi preso.

Uma das mensagens escritas pela conta atribuída ao suspeito demonstra a intenção de se entregar às autoridades. “Vou me entregar por meio de um amigo xerife em alguns instantes, obrigado por todos os bons momentos e risadas, vocês foram incríveis, obrigado a todos por tudo”, diz.

O porta-voz do Discord afirmou que a empresa conduziu uma investigação interna a respeito das conversas, e que não encontrou nenhuma evidência de que Robinson “planejou o incidente ou promoveu violência” através da plataforma.

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Na segunda, o diretor do FBI, Kash Patel, disse à emissora Fox News que uma mensagem de texto foi encontrada no celular do suspeito, onde ele “afirmou especificamente que teria a oportunidade de eliminar Charlie Kirk, e que não a desperdiçaria”.

Todas as contas de Tyler Robinson em plataformas sociais estão sendo analisadas pelos investigadores, afirmou a CBS. O objetivo é encontrar qualquer sinal de que alguém possa ter conhecimento das intenções do suposto assassino, ou tenha incentivado o ato.

De acordo com o governador de Utah, Spencer Cox, Robinson teria sido “profundamente doutrinado pela ideologia esquerdista”. Munições encontradas junto ao rifle utilizado para assassinar Kirk demonstraram que o responsável estava mergulhado na cultura online de videogames, além de incluir referências ao movimento antifascista.

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+ O que mensagens gravadas nas munições dizem sobre o assassino de Charlie Kirk

Filho de republicanos, Robinson era registrado como eleitor apartidário em seu estado, Utah. De acordo com um familiar, o jovem havia se tornado ‘mais político’ nos últimos anos, e havia discutido sobre a visita de Kirk à UVU durante um jantar com os pais.

Até o momento, Robinson não foi formalmente acusado. Ele deverá comparecer ao tribunal do condado de Utah nesta terça-feira, 16. O suspeito deverá enfrentar três acusações: assassinato qualificado, disparo de arma de fogo com resultado grave e obstrução da justiça. É possível que o jovem seja condenado à pena de morte, punição desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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+ Quem é Tyler Robinson, preso pelo assassinato do ativista conservador Charlie Kirk

Quem era Charlie Kirk?

Charlie Kirk era um aliado próximo do presidente Donald Trump. Aos 31 anos, o ativista era uma figura polêmica dentro da política americana. Muito querido entre os conservadores, ele era considerado um cristão devoto, forte defensor do direito às armas e apontado como alguém capaz de manter debates respeitosos com aqueles de quem discordava.

Por outro lado, o campo progressista tecia duras críticas a Kirk, considerado um detrator dos direitos de gays e transgêneros e alguém que promoveu falsas alegações sobre a Covid-19. O influenciador também recebeu constantes acusações de xenofobia, principalmente relacionada a muçulmanos.

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Ele foi um dos fundadores da organização Turning Point USA, cujo objetivo era disseminar a ideologia conservadora em universidades nos Estados Unidos. Ele foi considerado uma peça chave para a reeleição de Trump em 2024, e definido como “único” e insubstituível pelo presidente.

No momento de sua morte, ele estava no evento de abertura da sua turnê American Comeback na UVU, que previa mesas de debates sobre temas controversos. Kirk foi atingido no pescoço e teve a morte registrada por diferentes câmeras presentes no local. Nos dias que se seguiram ao assassinato, as imagens circularam amplamente pelas redes sociais.

A morte do conservador dividiu as principais plataformas sociais da internet, com muitos usuários comemorando o episódio, enquanto outros lamentavam a perda do influenciador.

Para o vice-chefe de gabinete de Trump, Stephen Miller, o assassinato foi resultado de uma campanha organizada. A declaração foi dada na segunda ao Charlie Kirk Show, podcast criado pelo ativista e que estava sendo apresentado pelo vice-presidente americano J.D. Vance, amigo pessoal do ativista. No entanto, nenhuma evidência foi encontrada até o momento de que o crime foi coordenado por algum grupo.

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