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SP aposta na Rota e em força-tarefa para capturar assassinos de delegado

O governo de São Paulo aposta no trabalho de uma força-tarefa civil de investigação, composta por integrantes de delegacias especializadas da Polícia Civil paulista e promotores de Justiça, e no uso do policiamento ostensivo pela Rota, grupo de elite da PM, para encontrar os autores do assassinato do ex-delegado-geral do estado, Ruy Ferraz Fontes, na noite de segunda-feira, 15.

O delegado aposentado, que comandou a Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022, na gestão do governador João Doria, foi morto a tiros em uma emboscada na cidade de Praia Grande, no litoral paulista, na noite de segunda-feira, 15. A principal suspeita é que ele tenha sido morto pelo PCC — ele foi um dos pioneiros na investigação das atividades da facção criminosa.

Vídeo mostra o momento da emboscada ao ex-delegado-geral:

No X, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que equipes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), outras unidades especializadas de polícia da capital e promotores do Gaeco, grupo especial do Ministério Público contra o crime organizado, vão compor uma força-tarefa dedicada à elucidação do crime e à identificação dos autores.

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Derrite disse, ainda, que determinou que grupamentos da Rota fossem deslocados para a Baixada Santista, em especial para a Praia Grande – cidade onde o delegado atuava como secretário da prefeitura local – e para Santos, município vizinho que é tradicional reduto de atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O objetivo, segundo ele, é evitar que criminosos responsáveis pela execução fujam da região. “Toda a nossa prioridade é para elucidar o mais rápido possível esse crime bárbaro”, afirmou Derrite.

Alerta

Em nota, o Instituto Sou da Paz lamentou o assassinato de Fontes, mas alertou para que a polícia e o estado usem a inteligência e o trabalho investigativo e não a violência para responder ao assassinato. A ONG lembrou das operações Escudo e Verão, realizadas pela Polícia Militar em 2023 e 2024 na Baixada Santista, que terminaram com mais de oitenta mortos e denúncias de uso excessivo da força policial.

“O assassinato foi um ato covarde e extremamente brutal que precisa ser esclarecido com urgência”, diz a nota. “Temos a convicção de que o estado de São Paulo possui condições de solucioná-lo de forma profissional, levando os responsáveis à Justiça, sem recorrer ao uso excessivo da força policial ou a uma “operação de vingança” estatal”, completa a nota do Sou da Paz.

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