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Trump ameaça novo envio da Guarda Nacional a Washington por desafiar políticas de imigração

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta segunda-feira, 15, declarar estado de emergência e enviar a Guarda Nacional novamente a Washington, D.C., caso as autoridades locais não cooperem com os agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês). A intervenção na capital expirou na semana passada. Na Truth Social, rede social da qual é dono, o republicano acusou a prefeita de Washington, Muriel Bowser, uma democrata, de se recusar a colaborar com as políticas de imigração.

“O Governo Federal, sob meus auspícios como Presidente dos Estados Unidos da América, interveio na completa confusão criminosa que era Washington, D.C., a capital da nossa nação. Por causa disso, D.C. passou de uma das cidades mais perigosas e assassinas dos EUA, e até mesmo do mundo, para uma das mais seguras – em apenas algumas semanas”, escreveu ele.

“O “lugar” está absolutamente em expansão, com restaurantes, lojas e empresas lotados e, pela primeira vez em décadas, praticamente NENHUM CRIME. Tem sido algo lindo de se ver, mas agora, sob pressão dos democratas da esquerda radical, a prefeita Muriel Bowser, que presidiu esta violenta tomada criminosa da nossa capital por anos, informou ao Governo Federal que o Departamento de Polícia Metropolitana não cooperará mais com o ICE na remoção e realocação de imigrantes ilegais perigosos. Se eu permitisse que isso acontecesse, o CRIME voltaria com tudo”, acrescentou Trump.

Nas costumeiras letras garrafais, o líder americano disse que estava com a população de Washington e alertou que não permitirá o desacato, informando: “Declararei um Estado de Emergência Nacional e federalizarei, se necessário!!! Obrigado pela atenção a este assunto. FAÇAM A AMÉRICA GRANDE NOVAMENTE!!!”.

No início de setembro, Bowser emitiu um decreto no qual instava a cidade a cooperar com as autoridades federais por tempo indeterminado, mas destacou que a capital não precisava de uma “emergência federal”. A ordem, contudo, não mencionou o ICE. Na semana passada, a prefeita afirmou que não tinha expectativas de que o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington (MPD, na sigla em inglês) participasse de operações de fiscalização relacionadas à imigração, explicando que esperava que a polícia retornasse ao seu “status quo”.

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“A fiscalização da imigração não é o que o MPD faz e, com o fim da emergência, não será o que o MPD fará no futuro”, concluiu a democrata.

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Guarda Nacional em D.C.

As tropas da Guarda Nacional chegaram a Washington, D.C, em 12 de agosto, um dia após Trump colocar o departamento de polícia local sob controle federal e anunciar que enviaria unidades para a capital americana com o objetivo de “restabelecer a lei e a ordem”. As acusações de que a cidade vivencia uma disparada de violência não são embasadas por dados.

Segundo o Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, a criminalidade geral do distrito federal diminuiu 7% desde o ano passado, enquanto crimes violentos despencaram 26% e crimes contra a propriedade reduziram em 5%. Roubos de carros, por exemplo, caíram quase 50% em 2024 e seguem em queda este ano. A maioria dos detidos são adolescentes, e o governo federal discorda da forma como a cidade lida com a punição desses jovens.

Para além de Washington, Trump já ameaçou expandir a mobilização da Guarda Nacional para outras cidades com prefeitos democratas, como Baltimore, Chicago e Nova York. No mês passado, o republicano respondeu acidamente a uma oferta do governador de Maryland, Wes Moore, de visitar Baltimore. Na Truth Social, ele disse que Moore fez a pergunta “em um tom bastante desagradável e provocativo” e que, no lugar de ir à cidade, poderia “enviar as ‘tropas’”.

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