A CPMI que investiga a fraude bilionária de descontos nas contas de aposentados e pensionistas tenta ouvir, nesta segunda-feira, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, preso pela Polícia Federal em operação na última sexta-feira.
Como o suspeito está encarcerado, o presidente da comissão parlamentar, senador Carlos Viana (Podemos-MG), pediu que o ministro André Mendonça, do STF, autorize o deslocamento, sob custódia, de Antunes para o Congresso, em reunião marcada para as 16h.
Mendonça decidiu que o comparecimento seria opcional, mas, segundo Viana, ao longo do fim de semana, os advogados de Antunes confirmaram sua ida à comissão.
O Careca é apontado por investigadores como lobista e principal operador do esquema de descontos associativos fraudulentos nas contas de segurados do INSS, com desvios estimados em mais de 6 bilhões de reais.
O presidente da CPMI recebeu a mesma resposta de Mendonça sobre o depoimento do empresário Maurício Camisotti, do Total Health Group (THG), previsto para quinta-feira. Camisotti também foi preso pela PF na fase mais recente da operação Sem Desconto.
“Tratam-se de depoimentos fundamentais para a CPMI-INSS, agendados há tempos, os quais não poderiam ser adiados sem relevante prejuízo aos trabalhos da Comissão”, argumentou o presidente da comissão ao ministro do STF.
