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A batalha solitária de Maria do Rosário pela cassação de Carla Zambelli

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) foi uma das únicas parlamentares governistas a partir para o embate durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que analisou o processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e  presa na Itália por ordem da Justiça desde 29 de julho.

Na terça-feira, os integrantes da comissão, presidida pelo deputado Paulo Azi (União-BA), colheram depoimentos de Zambelli e do hacker Walter Delgatti, que também está preso e é apontado como comparsa da parlamentar na invasão do sistema do CNJ.

O PT conta com sete parlamentares na CCJ. O grupo deveria atuar como a tropa de choque do governo em assuntos de interesse do Planalto na comissão. Na sessão de terça-feira, porém, a única presente era Maria do Rosário, que criticou a atitude da cúpula da CCJ de marcar uma audiência para ouvir a dupla, já que, para a petista, a comissão deveria se limitar a homologar a cassação de Zambelli.

“A Câmara não pode ser o biombo de bandidos, de figuras contra a democracia, contra a Constituição. O nosso trabalho aqui é proteger a democracia, e a CCJ não é instância de revisão do STF”, disse.

Zambelli é alvo de processo de cassação após ter sido condenada a dez anos de prisão. A decisão do Supremo determina a perda do mandato e já transitou em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recursos. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou a decisão para a CCJ no dia 12 de junho.

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A deputada do PT afirmou que Zambelli não tem mais como recorrer da decisão do Supremo e disse que reabrir o debate sobre o caso na CCJ faz parte “de uma manobra de um projeto golpista”.

“Os casos pelos quais a ré foi condenada são gravíssimos. Ela é uma foragida, que desrespeitou a Câmara dos Deputados. Zambelli tentou o assassinato político das instituições e da democracia. E o que fez é tão grave que, se tivesse conseguido, os nossos próprios mandatos não existiriam”, declarou Maria do Rosário, que bateu boca com oposicionistas durante a audiência.

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