Em meio à leitura de seu polêmico voto no julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus da ação penal da trama golpista, o ministro Luiz Fux optou por não ficar com seus colegas de Primeira Turma nos intervalos.
Enquanto lia o voto, os demais magistrados cumpriram o acordo feito previamente e não fizeram interrupções. Ainda assim, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin demonstravam incomodo com alguns posicionamentos de Fux. A inquietação era percebidas nas linguagens corporais e ações: cabeças baixas, cochichos e até troca de bilhetes.
Ao longo da leitura, ele solicitou alguns intervalos. Nessas ocasiões, os ministros ficaram na sala que fica ao lado do plenário da Primeira Turma. Fux, porém, optou por não ficar com os colegas e preferiu se deslocar para o seu gabinete.
Essa realidade refletiu o isolamento de Fux no caso. Apenas ele optou por poupar seis dos 8 réus de condenações, entre eles, Bolsonaro. Os demais acompanharam Moraes e sugeriram que todos fossem condenados.
