A Polícia Federal no Espírito Santo prendeu um estudante por ameaçar matar a tiros o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por meio de publicação no X, antigo Twitter, na última quarta-feira, 10, depois de o ativista de direita dos Estados Unidos Charlie Kirk ter sido assassinado enquanto palestrava em um campus da Universidade de Utah Valley. A postagem ocorreu um dia antes de uma agenda de Nikolas no estado do Sudeste.
De acordo com publicações de Nikolas, o estudante que o ameaçou é da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). “Nikolas, eu vou te matar a tiros”, publicou em um perfil com nome de Adalto Gaigher. Posteriormente, o estudante se desculpou. “Gostaria de me desculpar pelo comentário totalmente inadequado e infeliz que postei ontem. Nikolas Ferreira, minhas sinceras desculpas”, disse. No entanto, em uma pesquisa de postagens feitas, o parlamentar identificou outras ameaças.
Você só está falando isso porque a postagem viralizou. Não aceito desculpa alguma e não recuarei um milímetro em mover todas as ações cabíveis contra a sua atitude. https://t.co/pMtVsYGbKV
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) September 11, 2025
Em dezembro de 2023, o estudante publicou ser uma tristeza que o deputado mineira exista. “Alguém mata essa cara”, disse em comentário da mesma postagem de quase dois anos. “A esquerda forma assassinos, imorais e sem alma. Estudantes que querem matar ou concordam em matar seus opositores políticos. Já mobilizei todos os instrumentos jurídicos e de segurança contra eles. Se querem guerra, conseguiram”, publicou Nikolas.
A PF abriu inquérito para apurar o caso e até mesmo participação de terceiros no caso. O estudante foi liberado e deverá responder por ameaça. De acordo com Código Penal, em seu artigo 147, “ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave” pode render detenção de um a seis meses, ou multa. Ainda pelo Código Penal, penas baixas podem ser substituídas por medidas alternativas como prestação de serviço à comunidade. VEJA não conseguiu contato com a defesa do estudante e o espaço está aberto para manifestação.
