Com passagem em várias gestões de órgãos públicos em governos petistas, Antônio Grassi, 71 anos, admite que a esquerda tem dificuldades de explicar à população sobre a importância da Lei Rouanet – alvo de críticas constantes por parte da direita alinhada a Bolsonaro. Convidado do programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus e também na versão podcast no Spotify), Grassi lembra a origem da lei e como ela é importante para o fomento das artes no país.
“Uma das coisas que foram bem sucedidas, digamos, na estratégia da direita foi a de colocar a Lei Rouanet como ‘um mal a ser combatido’, algo que é falso, que não é real. Primeiro, a Lei Rouanet não foi criada pela esquerda. A Lei Rouanet foi criada durante o governo Collor. Está muito longe de ser de um governo de esquerda. Sergio Paulo Rouanet, criador da lei, era secretário de cultura do governo Collor. E que também vem, é claro, da Lei Sarney. (…) Não é um dinheiro que o governo dá para os artistas realizarem projetos, como a gente ouve os governos da extrema direita apregoando por aí. Essa lei não tem recursos diretos na mão de artistas. A Lei Rouanet capacita os proponentes das atividades culturais a procurarem no mercado os seus patrocínios. Portanto, ela não é aquela coisa de ‘o governo está bancando tal artista’, não é isso”.
Sobre o programa semanal da coluna GENTE. Quando: vai ao ar toda segunda-feira. Onde assistir: No canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+, na TV Samsung Plus ou no canal VEJA GENTE no Spotify, na versão podcast.