O Brasil deve registrar neste ano uma super safra histórica de grãos. O IBGE estima que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas seja 341,2 milhões de toneladas, avanço de 16,6% em relação a 2024 e novo recorde histórico. O salto equivale a 48,5 milhões de toneladas a mais em apenas um ano. Na comparação com julho, houve leve alta de 0,2%.
O destaque é de soja e milho, que sozinhos concentram quase 90% do total produzido. A soja deve alcançar 165,9 milhões de toneladas, 14,5% acima da safra passada e o maior volume já registrado. O milho também quebra recordes, chegando a 138 milhões de toneladas, impulsionado sobretudo pela segunda safra, estimada em 112 milhões de toneladas, alta de 22% frente a 2024. O arroz, por sua vez, deve render 12,4 milhões de toneladas, crescimento de 17,2%.
Embora alguns produtos apresentem queda como é o caso do feijão (-0,5%) e também do café arábica, em queda por conta da bienalidade negativa e do clima, o cenário geral é de abundância. O café conilon (canephora), por exemplo, atinge recorde de produção, com 19,8 milhões de sacas, alta de 15,8% sobre o ano anterior.
Na divisão regional, o Centro-Oeste confirma sua liderança absoluta, respondendo por 51,4% da produção nacional. Mato Grosso, sozinho, deve colher 32,4% de todo o volume, seguido por Paraná (13,5%) e Goiás (11,3%).