O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), conseguiu a aprovação na Câmara de Vereadores do projeto que autoriza o município a armar a Guarda Municipal. O plano do petista é capacitar todo o efetivo – de 420 agentes – para o uso de armas de fogo. Pistolas serão incluídas no armamento individual dos guardas, enquanto fuzis passarão a ser usados pelos grupamentos estratégicos em áreas sensíveis.
O projeto prevê câmeras corporais para todos os agentes armados, que serão treinados pela PM. “Nós seguiremos todos os protocolos para que os agentes sejam treinados pelo BOPE. Faremos de Maricá a cidade mais segura do Brasil trabalhando em conjunto com todas as forças de segurança”, promete Quaquá, que segue na onda de outras cidades com projetos semelhantes, como a própria capital fluminense, onde o prefeito Eduardo Paes (PSD) monta uma força armada dentro da Guarda.
O município conta com uma população em rápido crescimento – hoje são 197 mil habitantes, segundo o IBGE. A expansão acontece a reboque da bilionária receita dos royalties, que nos últimos anos transformou a cidade.
Tropa contra o controle do crime
A prefeitura de Maricá afirma que a utilização das armas será fiscalizada pela Corregedoria Interna da Guarda Municipal e pelo Ministério Público. Outra novidade é que dentro da GM será formado o Grupamento de Ocupação Democrática Armada do Território (GODAT), com 150 guardas integrando uma espécie de tropa de elite para evitar a ocupação de áreas pelo crime. O governo de Quaquá diz que ações da prefeitura, como a implantação de câmeras de vigilância nas ruas, vêm ajudando nos índices de segurança: em 19 meses, Maricá não teve um registro de latrocínio; e, em 2025, nenhum roubo de carga.