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Maduro mobiliza 25 mil soldados para ‘defesa da soberania’ da Venezuela

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou neste domingo, 7, o destacamento de 25 mil soldados para vários estados e para a fronteira com a Colômbia. A movimentação ocorre em meio à escalada de tensões entre o regime Maduro e o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enviou tropas americanas, incluindo submarinos e caças furtivos, para a costa venezuelana como parte de um cerco a cartéis de drogas no Caribe.

“Ordenei o envio de 25.000 homens e mulheres de nossas gloriosas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) para reforçar as operações das Unidades de Reação Rápida (URRAS) na Zona de Paz Binacional com a Colômbia e a costa caribenha, de La Guajira a Falcón, e para reforçar todas as operações na costa leste caribenha-atlântica dos estados de Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro”, anunciou o líder do regime chavista nas redes sociais.

“Esta mobilização tem como objetivo principal a defesa da soberania nacional, a segurança nacional e a luta pela paz. Nós, venezuelanos, defendemos a Venezuela!”, acrescentou a publicação.

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O aumento do contingente militar se soma aos 15 mil soldados mobilizados em agosto. Em vídeo divulgado por Maduro, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, informou que 25 mil militares serão enviados para a Zona de Paz nº 1, que abrange os estados de Zulia e Táchira. Os soldados, antes em 10 mil na região, serão apoiados por recursos navais e fluviais, drones e unidades de reação rápida.

Eles conduzirão operações na Serra de Perijá, no estado de Zulia, para comprovar que não há plantações de drogas, além de patrulhas nos rios Meta, Capanaparo, Cunaviche e Sinaruco. O efetivo também será fortalecido na região de Guajira, em Zulia, e na Península de Paraguaná, em Falcón, rotas do narcotráfico. Além disso, militares serão mobilizados para Nueva Esparta, que inclui as ilhas de Margarita, Coche e Cubagua, e para os estados de Sucre e Delta Amacuro, de acordo com o ministro venezuelano.

“Vamos reforçar essas duas regiões do país com recursos e forças, e também na parte leste. Nosso comandante-em-chefe nos ordenou fazer o mesmo em Margarita, Nueva Esparta, no estado de Sucre, e também em Delta Amacuro”, disse López.

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Trump x Maduro

A Casa Branca acusa Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. Ele não só violou as leis de narcóticos americanas e tomou o poder de forma não democrática na Venezuela, mas também tem ligações com grupos criminosos, como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, e comanda o Cartel de los Soles “há mais de uma década”, segundo o governo americano.

Em declaração recente, a secretária de Justiça dos EUA, Pam Bondi, informou que foram apreendidos US$ 700 milhões em ativos ligados a Maduro. Em meio a trocas de farpas, o líder venezuelano mobilizou 4,5 milhões de milicianos chavistas em todo o país, apresentando a medida como uma estratégia de segurança. As acusações logo escalaram para uma movimentação militar americana em direção à Venezuela.

Os navios de guerra USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson atuam desde o mês passado na costa venezuelana, também patrulhada por aviões de vigilância. Eles são acompanhados pelo destróier USS Lake Erin, capaz de disparar 122 mísseis, e pelo submarino USS Newport News, com ataque de propulsão nuclear.

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Três contratorpedeiros, do grupo Anfíbio de Prontidão (ARG, na sigla em inglês), voltaram à região no final de agosto, depois de terem sido forçados a retornar aos EUA devido ao furacão Erin. As embarcações americanas poderão ser usadas para diferentes finalidades, de operações de inteligência vigilante a ataques direcionados contra a terra firme, disse uma autoridade à Reuters sob condição de anonimato.

Em paralelo, o avião Poseidon P-8, da Marinha tem operado a partir de San Juan, em Porto Rico, e tem conduzido voos circulares nos arredores de Aruba, no norte da Venezuela, para localizar semissubmersíveis, comumente usados pelo narcotráfico para transportar drogas para o México. De lá, os entorpecentes seguem para os EUA. Um Boeing E-3 Sentry também foi localizado na região, sendo empregado para localizar alvos de interesse.

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