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Lula aproveita foco em Bolsonaro e acelera campanha nas redes e nas ruas

Depois de aproveitar o tarifaço anunciado por Donald Trump às exportações brasileiras para recuperar um pouco de popularidade, Lula usou a semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe para impulsionar a sua candidatura à reeleição.

O petista agiu em três frentes. Sob a coordenação do marqueteiro Sidônio Palmeira, ministro de Comunicação Social da Presidência, o governo lançou uma campanha publicitária para divulgar o seu novo slogan — “Governo do Brasil: do lado do povo brasileiro”.

Veiculada nas redes sociais e na TV, a campanha reforça discursos de Lula que foram bem-recebidos pelo eleitorado, como a defesa da soberania nacional, entoada em resposta às ameaças de Trump, e também a defesa da justiça tributária. Um dos vídeos do governo traz uma sucessão de frases curtas de apelo popular.

“A gente não vai abaixar a cabeça para quem ameaça a nossa soberania”, é uma delas. “A gente não vai deixar de usar o Pix. O Pix é nosso”, diz o locutor em outra passagem, referindo-se ao sistema de pagamentos cujo uso pelos brasileiros foi contestado por Trump. “A gente não vai sossegar vendo você pagar mais impostos do que os super-ricos”, continua o governo na peça publicitária.

Segundo pesquisas recentes, esses mantras adotados por Lula ajudaram a melhorar a imagem do governo, que ainda é mais reprovado do que aprovado pela população. Esse saldo negativo, no entanto, tem diminuído. Para reverter o cenário, o presidente também acelerou o anúncio de bondades.

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Lula escolhe segundo maior colégio eleitoral para lançar Gás do Povo

Na quinta-feira, 4, ele lançou o programa Gás do Povo, que prevê a distribuição de botijão de gás de cozinha a 15,5 milhões de famílias, a um custo de 5,1 bilhões de reais em 2026. O programa atual, que será substituído, atende apenas 5 milhões de pessoas. O lançamento ocorreu numa solenidade em Minas Gerais. Não foi à toa.

O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país, no qual Lula ainda não tem candidato a governador e, portanto, um palanque estruturado para sua eventual candidatura à reeleição. Se depender dele, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) disputará o governo. Outra alternativa é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, responsável pelo desenho da ampliação da distribuição de gás.

Enquanto Bolsonaro está às voltas com a Justiça criminal, Lula age com desenvoltura — até aqui, sem se preocupar com a Justiça eleitoral.

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