O Exército de Israel bombardeou neste sábado, 6, o edifício Sussi, no sudoeste da Cidade de Gaza, em mais uma etapa da ofensiva contra estruturas apontadas como pontos de apoio do Hamas. A destruição ocorreu menos de 24 horas após a queda da Torre Mushtaha, atacada em operação semelhante. Antes de disparar contra o imóvel, os militares enviaram ordem de retirada aos moradores da região, instruindo a população a se dirigir para uma zona declarada humanitária.
As imagens do ataque circularam em publicação do ministro da Defesa, Israel Katz, que exibiu o prédio ruindo e afirmou que as operações prosseguirão. Em nota, os militares sustentaram que o Hamas utilizava a construção como base para observação das tropas israelenses e como depósito de dispositivos explosivos. Também relataram a presença de equipamentos de inteligência voltados ao monitoramento das movimentações do Exército.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel, cerca de três quartos da Faixa de Gaza já estariam sob controle militar, incluindo 40% da Cidade de Gaza. O governo de Benjamin Netanyahu insiste que a meta da ofensiva é neutralizar o Hamas e libertar os reféns ainda em poder do grupo. Parte da cúpula militar e setores da sociedade israelense, no entanto, defendem que um acordo político seria o caminho mais eficaz para resolver o impasse.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que os bombardeios israelenses já causaram 64.300 mortes no enclave desde o início da guerra, a maioria de mulheres e crianças. Os números são considerados confiáveis pela Organização das Nações Unidas.