Investe em renda fixa? É bom começar a pensar em mudanças na carteira. É essa a principal recomendação de relatório emitido pelo Itaú BBA na última quarta-feira, 3.
Para os analistas do banco de investimentos, agosto foi o mês em que o mercado começou a se posicionar para uma virada de ciclo. Que se não é imediata, está mais próxima.
Assim, o documento indica: “Para o investidor pessoa física, o recado é duplo: no curto prazo, títulos pós-fixados seguem entregando retornos robustos e seguros enquanto a Selic permanece em 15%, mas é importante analisar mudanças em um horizonte próximo“.
Previsões para a Selic
O Bank of America foi a primeira entre as instituições financeiras relevantes a indicar que a queda da Selic deveria começar ainda em 2025.
Em dezembro, o banco americano projeta corte de 0,50 ponto percentual. É o único, por enquanto. Tanto Itaú quanto Bradesco ainda entendem que a taxa básica da economia começa a cair em 2026, no primeiro trimestre, sem estimar o tamanho do corte inicial.
Enquanto isso, as taxas recuam
De acordo com o relatório do BBA, as taxas recuam. No prefixado, a de um ano caiu para 14,30%. A de cinco anos, para 13,63%. Nos papéis indexados ao IPCA, a taxa de dois anos caiu para 8,27% e a de cinco anos para 7,67%.
“A inclinação entre 2 e 5 anos seguiu negativa, reforçando a leitura de Selic alta no curto prazo, mas cortes mais à frente”. O Boletim Focus com as expectativas do mercado, divulgado no início da semana, mostra que a Selic termina o próximo ano em 12,50% e cai para 10,50% no ano seguinte à eleição.
Diante desse cenário, o Itaú BBA faz três recomendações de alocações. O investidor deve optar por títulos prefixados com prazo em torno de 3 anos, Títulos IPCA+ com prazos a partir de cinco anos e títulos pós-fixados, como Tesouro Selic e CDBs DI. No Caso dos títulos atrelados ao IPCA, o banco de investimentos indica que se trata da melhor alternativa “para capturar o processo de desinflação e desaceleração previsto para os próximos anos, sem abrir mão de proteção contra surpresas inflacionárias”.