No julgamento da trama golpista que começou nesta terça, no STF, o procurador-geral da República Paulo Gonet começou a leitura do que seria a versão final da acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe de Estado.
Logo no início da leitura do documento, Gonet afirmou que chegou a hora em que a democracia do Brasil “assume a defesa ativa contra a tentativa de golpe”, destacando que os réus buscaram a “decomposição” do regime democrático nacional.
“É chegada a hora do julgamento pela mais alta Corte do país em que a democracia do Brasil assume sua defesa ativa contra a tentativa de golpe apoiado em violência ameaçada e praticada. Nenhuma democracia se sustenta se não contar com efetivos meios para se contrapor a atos orientados à sua decomposição perigosa, ultrajante dos meios dispostos pela ortodoxia constitucional para dirigir o seu exercício e para gerir a transição do poder político”, disse.
Para o chefe da PGR, a organização criminosa liderada pelo ex-presidente atuava de forma alinhada com um único objetivo: subverter a democracia e manter Bolsonaro no poder, impedindo a posse de Lula no âmbito das eleições de 2022.