O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG), falou a VEJA sobre a sua determinação de punir jornalistas que gravassem parlamentares durante as sessões. Segundo o senador, os veículos que divulgassem informações privadas (por meio de celulares, computadores ou relatórios) poderiam ter suas credenciais suspensas.
Em entrevista ao Ponto de Vista, de VEJA, o senador disse que estava cumprindo a ele a pedido de outros colegas. ‘Desde já eu me desculpo, se houve essa sensação de ameaça, que não foi o caso. O que aconteceu é que os parlamentares que sentam na parte final da sala, se queixaram a mim como presidente de que os fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas estavam focando os telefones celulares. Existe um código de conduta que todo veiculo assina sobre a proteção de dado, e até estranho nós estarmos no meio de uma CPI defendendo o cumprimento da lei e descumprindo outra. Há uma lei que garante o sigilo telefônico a todos os brasileiros, não só a parlamentares’. E acrescentou: ‘As informações de celular são protegidas por lei. É um tema polêmico, mas é a minha função como presidente’.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) criticou a medida é uma ‘censura’ e prometeu acionar o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre.