counter Deive Leonardo, o evangelista que leva sua tour gospel à Netflix – Forsething

Deive Leonardo, o evangelista que leva sua tour gospel à Netflix

Encerrando a turnê Antes e Depois que rodou o Brasil e atraiu mais de 500 mil fiéis, o evangelista Deive Leonardo, 35 anos, lançou recentemente o especial do que chama de “maior tour gospel do país” na Netflix – a apresentação divulgada na plataforma foi feita na Farmasi Arena, na zona oeste do Rio de Janeiro. Frequentador da Igreja dos Filhos, em Joinville (SC), Deive não se coloca como pastor, já que não tem compromisso com uma instituição específica. Em seu novo projeto no streaming, agora tem a oportunidade de ter seu conteúdo disponível para além fora das fronteiras nacionais. Em conversa com a coluna GENTE, ele fala do alcance de seu discurso religioso, explica por que não gosta de ser chamado de “coach” e revisita polêmico vídeo postado em 2022, no qual dava apoio a Jair Bolsonaro (PL). 

Como surgiu o convite de fazer o especial para a Netflix? Gravamos o primeiro especial, A Resposta, há dois anos. Agora, como a turnê alcançou mais de 300 mil pessoas presencialmente, apresentamos novamente a possibilidade de fazer. A Netflix tem interesse de atender a esse público e de fazer com que a mensagem chegue a tanta gente.

Qual é a importância de ser o primeiro evangelista com um especial no streaming? Netflix é o maior streaming do mundo e levar essa mensagem sobre Jesus para mais de 190 países, sem sombra de dúvidas, é a nossa maior motivação. É um privilégio viver isso e também uma grande responsabilidade. Levamos muito a sério, entendemos que isso impacta diretamente a vida das pessoas positivamente.

Ao ter seu especial disponível em 190 países, sua mensagem cristã chega até em lugares de outras religiões. É possível evangelizar países não-cristãos pelo streaming? Nosso objetivo é fazer o nome de Jesus conhecido em todos os lugares, a nossa expectativa é que alcance o máximo de pessoas possível. No streaming ninguém está forçando ninguém a assistir, a pessoa pode apertar o play ou não, a mensagem vai estar disponível para aqueles que quiserem. Agora… ficaria feliz? Sem sombra de dúvidas. Qualquer pessoa que não conhece Deus, que tenha sido apresentado de maneira que não se sentiu convencido pela mensagem e ao me ouvir toma essa decisão… ficaria extremamente feliz.

Como se tornou evangelista? Tive experiência grandiosa com Deus e isso foi o que me tornou um evangelista. Nasci em um lar cristão, mas a minha família teve uma quebra por questões financeiras e juntou a maneira que meu pai foi criado, com muita ignorância. Todos se afastaram da religião. Aos 19 anos, tinha acabado de entrar na faculdade e estava vivendo um processo de depressão. Até que em 23 de abril de 2009, pensei em morrer, estava no fundo do poço, e nesse dia lembrei das coisas que ouvi sobre Jesus. Voltei para casa e, no meu quarto, com os joelhos dobrados, tive meu encontro com Deus. A partir dali, a minha vida nunca mais foi a mesma. 

Continua após a publicidade

Diria que é um “coach evangélico”? Não. A palavra coach é utilizada de forma pejorativa. Criou-se o estigma da teologia coaching, que fala somente sobre problemas conectados a emoções, não à questão espiritual. Quando a palavra coaching é separada, ela é positiva, quando se conecta à figura religiosa, tenta-se criar algo negativo em relação a isso.

Você também tem um programa no SBT, no Bom Dia Esperança. O espaço para religião na TV aberta ainda é massivo? O Brasil é um país cristão, as pessoas se sentem representadas por isso. Acredito que a cada dia a visão do nosso país tem mudado em relação a isso. Tem se aberto mais espaços para que haja essa, vamos dizer assim, possibilidade de mensagem de fé, de esperança para ajudar as pessoas.

Em 2022, você falou abertamente sobre política e deu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. Ainda o apoia? Entendo cada dia mais que a minha função é falar sobre Jesus como evangelista. No nosso país, onde isso está tão dividido, tão polarizado, prefiro focar somente na minha missão e não me envolver com questões políticas.

Continua após a publicidade

Política e religião podem se misturar? Todos devem e podem falar sobre o que quiserem. Acredito que não há nenhuma limitação, não existe absolutamente nada que possa proibir qualquer manifestação. Homens vão e vêm. A mensagem que eu tenho é para sempre e às vezes, quando você acaba entrando em uma seara tão dividida, perde a oportunidade de falar sobre o que deveria estar falando. No meu caso, prefiro optar só pela mensagem.

Então mudou de opinião? Não mudei, sempre acreditei dessa maneira, o meu pensamento sempre foi o mesmo, tenho que falar sobre Jesus. Naquela época de eleição, fiz o que eu estou fazendo agora, estava falando sobre Jesus. Não gosto desse tipo de assunto, não acredito que ajuda as pessoas quando falo sobre política, não sou um especialista político.

Mas você falou na ocasião. Se arrependeu de falar sobre política? Se eu pudesse voltar atrás, talvez não teria falado nada sobre política, nunca. E essa é a minha postura daqui pra frente, desde então, falar somente sobre Jesus e ficar com a minha missão. É a coisa mais importante para mim.

Continua após a publicidade

É possível separar completamente política de religião? Quando se é um cristão, não deixa de ser um cidadão, as coisas estão conectadas. Só acredito que estamos num cenário tão dividido, tão triste, as pessoas tratando isso como time de futebol, e com tanta briga, com ofensa, polarização, que nesse momento, basicamente, é você entrar em guerra.

Essa polarização política prejudica seu trabalho? Prejudica a vida das pessoas. Os políticos não são heróis, são homens. Temos que tomar cuidado. 

Sente que a sociedade esteja com um ciclo de ódio maior? Isso sempre existiu, mas a internet acaba maximizando de uma maneira diferente. A internet acabou mostrando e dando popularidade para essas coisas, ela só revela o que está por trás.

Publicidade

About admin