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Trump critica Coreia do Sul e exalta Kim Jong-un antes de reunião na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teceu críticas ao seu homólogo da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, pouco antes do encontro entre os dois nesta segunda-feira, 25, na Casa Branca. Na Truth Social, rede social da qual é dono, Trump lançou dúvidas sobre o futuro das negociações com o governo de Lee, questionando: “O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA COREIA DO SUL? Parece um Expurgo ou uma Revolução. Não podemos ter isso e fazer negócios lá”, sem dar detalhes sobre o que quis dizer com a acusação.

Mais tarde, o republicano disse a repórteres que “ouviu da Intel que houve uma operação de busca em igrejas”. Ele afirmou que as acusações envolviam “incursões muito cruéis em igrejas pelo novo governo da Coreia do Sul, a ponto de eles até entrarem em nossa base militar e obterem informações”. Trump ponderou que não sabia se as alegações eram “verdade ou não”, mas que planejava descobrir na reunião com Lee e alertou: “Não vamos tolerar isso”.

Na semana passada, Seul conduziu batidas em locais ligados à Igreja da Unificação, fundada pelo conservador Sun Myung Moon. A instituição religiosa é alvo de investigações por supostamente oferecer itens de luxo como parte de esforços de lobby. No início do mês, a ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, foi presa sob acusações de corrupção que envolviam, inclusive, a Igreja da Unificação.

Segundo a promotoria, ela teria ganhado presentes de luxo, como bolsas Chanel, da igreja por meio de um intermediário xamã, em troca de projetos de desenvolvimento no Camboja. Kim também é acusada de acumular mais de 800 milhões de wons (cerca de R$ 3,1 milhões) ao manipular os preços das ações da Deutsch Motors, concessionária local da BMW, entre 2009 e 2012, e de ter recebido mais de 270 milhões de wons (R$ 1 milhão) em financiamento político ilegal através de serviços gratuitos de pesquisa de opinião.

+ Kim Jong-un pede expansão acelerada das capacidades nucleares da Coreia do Norte

Fantasma de Pyongyang

Apesar das críticas de Trump, Lee tentará promover uma oferta de US$ 150 bilhões (mais de R$ 810 bilhões) que leva o nome de “Make America Shipbuilding Great Again” (Tornar a construção naval americana ótima novamente, uma referência direta ao slogan de campanha de Trump). O pacote, também conhecido pela sigla MASGA, inclui a construção de novos estaleiros nos Estados Unidos, além do treinamento de profissionais de construção naval e a manutenção de navios da Marinha americana.

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Lee tenta estreitar os laços com Trump sob o fantasma da Coreia do Norte, próxima do republicano desde o seu primeiro mandato. Antes do encontro no Salão Oval, o presidente dos EUA não poupou elogios ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmando que o conhece “melhor do que qualquer outra pessoa, quase, exceto sua irmã”, acrescentando: “Um dia eu o verei. Estou ansioso para vê-lo. Ele foi muito bom comigo”.

Apesar da amizade com Trump, Kim recentemente defendeu que seu país precisa expandir seu arsenal e capacidades nucleares de forma acelerada, chamando os exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul de “uma expressão óbvia de sua vontade de provocar guerra”.  As duas nações aliadas iniciaram treinamentos na semana passada, incluindo testes de uma resposta aprimorada às crescentes ameaças de Pyongyang.

O regime de Kim considera esses exercícios rotineiros como ensaios para invasão e, às vezes, responde com testes de armas. Seul e Washington, porém, argumentam que os objetivos dos treinos são puramente defensivos. Os treinamentos são uma “clara expressão de sua intenção de permanecerem extremamente hostis e conflituosos” com a Coreia do Norte, disse Kim durante visita a um contratorpedeiro da Marinha na última terça-feira, 19, de acordo com a KCNA.

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