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“Não vai cair o mundo”: Alckmin diz que país tem destino para café e carne

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, falou em evento nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília neste sábado, 23, e tentou minimizar os efeitos das tarifas de 50% dos Estados Unidos sobre alguns setores do Brasil. Alckmin afirmou que o país tem novos destinos para itens como café e carne e fez questão de ressaltar o papel e a importância da China nas exportações brasileiras. “Os manufaturados são os que sofrem mais. Porque comida ou carne, se não vender lá, vou ter outro mercado. Não vai cair o mundo. Agora, produto manufaturado é mais difícil de realocar. Acaba realocando, mas demora um pouco mais”, disse. O vice-presidente afirmou que os setores têxtil e calçadista podem sentir mais os efeitos negativos das tarifas.

Alckmin voltou a defender o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia e afirmou que o acordo deve ser assinado até o final do ano e que “será o maior da história”. Ele ainda lembrou de outras tratativas como a do Mercosul com o EFTA (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), Cingapura e Emirados Árabes Unidos, e ressaltou a importância da China na balança comercial brasileira. “Perdemos competitividade com os Estados Unidos, mas com o mundo não. […] Nosso maior cliente é a China. Os Estados Unidos são o segundo”, afirmou.

O vice-presidente ainda repetiu o discurso de que o Brasil segue na mesa de negociações com os americanos e que a prioridade de momento é incluir novos produtos na lista de exceções tarifárias. Alckmin disse que as tarifas são injustificáveis porque os Estados Unidos possuem superávit na balança com o Brasil e que oito dos dez produtos que os americanos mais exportam ao Brasil não pagam imposto. “É absolutamente zero. A média tarifária é de 2,7%, baixíssima”, concluiu.

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