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Ação de Malafaia contra o STF nas redes fica na bolha bolsonarista

Antes de agentes da Polícia Federal terem cumprido mandados de busca contra o pastor Silas Malafaia, a Ativaweb realizou um estudo sobre a tamanho da influência do líder evangélico nas redes sociais.

Alvo de investigações da PF por supostamente atuar para obstruir a Justiça e pressionar autoridades a livrar Jair Bolsonaro da ação da trama golpista no Supremo, Silas Malafaia usou as redes sociais para denunciar sua inclusão no inquérito.

As duras críticas aos investigadores e ao caso conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes produziram 5,1 milhões de menções ao caso nas primeiras 72 horas de atuação de Malafaia nas redes.

Apesar do impacto considerável, a ação digital do pastor ficou isolada na “bolha” bolsonarista que costuma consumir seus vídeos e postagens.

“Malafaia transformou a crise da investigação da PF em combustível digital, mas não conseguiu romper os limites de sua própria bolha. Foram 5.189.547 menções em menos de 72 horas, com 76% de apoio replicando a narrativa de perseguição política e religiosa”, diz o estudo.

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A análise, feita com tecnologias avançadas de big data e APIs oficiais, mostra que Malafaia “fala alto, mas fala para dentro”. Seus melhores conteúdos ultrapassam 400.000 interações, sustentados por uma audiência autêntica de mulheres jovens-adultas no eixo Rio–São Paulo. Porém, fora dessa zona de conforto, o alcance se esgota.

“O caso Malafaia expõe a força e a fraqueza da direita digital: milhões de vozes dentro da bolha, mas silêncio fora dela. Sem Nikolas Ferreira, Michelle e Carlos Bolsonaro no feed, a pauta não transbordou para o debate nacional”, diz Alek Maracajá, cientista de dados e presidente da Ativaweb.

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