O litoral de Alagoas vem se consolidando como uma das regiões mais promissoras do mercado imobiliário brasileiro. De um lado, a capital Maceió, em crescimento acelerado, ocupa posição de destaque entre as cidades nordestinas que mais se valorizam. De outro, São Miguel dos Milagres desponta como destino em alta, unindo sofisticação, natureza preservada e investimentos de alto padrão. O local atrai compradores nacionais e estrangeiros que buscam tanto qualidade de vida quanto retorno financeiro consistente.
Os números confirmam a força desse movimento. A capital alagoana, impulsionada pelo turismo e pela expansão de bairros nobres, registrou uma das maiores valorizações do metro quadrado no Nordeste, ultrapassando a média brasileira. Segundo o Índice FipeZap de maio de 2025, o bairro da Pajuçara lidera uma lista dos 10 mais valorizados, alcançando o preço médio de R$ 35.000,00 o metro quadrado, colocando Maceió em patamar comparável a mercados consolidados do Sudeste. Esse cenário é reflexo da procura crescente por apartamentos de alto padrão e pelo avanço de projetos residenciais e comerciais que ampliam a infraestrutura da cidade.
Enquanto isso, a chamada Rota Ecológica, uma parte do estado que vai de Japaratinga a Camaragibe, com destaque para o município de São Miguel dos Milagres, vive um boom particular, puxado pelo turismo de luxo e pela locação de temporada. Na virada do ano, São Miguel dos Milagres se transforma em vitrine internacional com seus réveillons disputados, mas a procura por exclusividade se estende por toda a temporada, fazendo com que diárias de até R$ 11 mil em pousadas e casas de luxo ou pacotes de feriados de R$ 50 mil por 4 noites sejam praticadas com naturalidade. Esse cenário garante liquidez para investidores e fortalece a percepção de que a região ainda tem um longo caminho de crescimento.
Não por acaso, São Miguel dos Milagres acaba de receber um novo lançamento que promete elevar o padrão da região a outro nível: o Entreáguas Milagres, projeto da Adamo Incorporadora, com paisagismo assinado por Benedito Abbud e arquitetura de Marcelo Franco. Na Praia do Patacho, um dos trechos mais valorizados da região, o empreendimento projetado com 80 residências pé-na-areia e plantas de quatro e cinco suítes tem como diferencial as seis lagoas balneáveis de água doce, com tratamento de piscina e areia natural, que recriam uma experiência de praia particular dentro do condomínio, tornando um dos projetos mais exclusivos já lançados na região. O VGV ultrapassa R$ 460 milhões, mas o metro quadrado ainda se mantém abaixo de destinos como Trancoso e Jericoacoara, o que sinaliza grande potencial de valorização futura.
O toque cultural vem da consultoria criativa da estilista Martha Medeiros, que imprime ao projeto a identidade sofisticada e afetiva do artesanato e da hospitalidade alagoana. A proposta vai além da estética: é uma experiência que combina raízes locais, luxo despretensioso e sustentabilidade, traduzindo o estilo de vida que vem atraindo famílias de alta renda do Sudeste e Centro-Oeste, além de estrangeiros interessados em ampliar seus investimentos.
Para Marcelo Pergentino, sócio da imobiliária Andaza Imóveis, um nos nomes mais importantes na comercialização de propriedades de alto padrão no mercado alagoano, o público de fora do estado costuma direcionar seus investimentos em empreendimentos mais exclusivos e reservados, valorizando o apelo de um “Caribe acessível”. “O comparativo de preço do metro quadrado em relação a outros destinos de praia no Brasil e no exterior torna a região ainda mais atrativa. Alguns desses estrangeiros chegam inclusive a optar pela Rota Ecológica como residência principal”, diz Pergentino.
Não se pode garantir de investimento, principalmente em tempos de incertezas econômicas e índices de inflação explodindo no país, porém, a região parece estar avessa a crises. Pergentino explica: “Em termos de retorno anual, um imóvel bem posicionado pode gerar uma rentabilidade conservadora entre 8% e 12% ao ano, considerando apenas locação. Se somarmos a valorização imobiliária da região, que vem sendo consistente e em alguns casos supera 15% ao ano em imóveis à beira-mar, temos um negócio ainda mais interessante”.
Em paralelo a Milagres, Maceió funciona como porta de entrada estratégica, com voos diretos das principais capitais e infraestrutura hoteleira e urbana em expansão. O recente Salão do Imóvel Ademi, realizado no último dia 17, apresentou 26 empreendimentos e mais de 1500 unidades com condições especiais de comercialização, reforçando o apetite do mercado local e confirmando que o setor vive um ciclo virtuoso.
O conjunto desses fatores projeta Alagoas como uma nova fronteira imobiliária: uma combinação rara de natureza intocada, valorização consistente, turismo de alto padrão e projetos de peso que consolidam a imagem do estado como destino promissor. Para investidores atentos, seja em Maceió ou em São Miguel dos Milagres, as águas cristalinas do litoral alagoano refletem não apenas beleza, mas também oportunidades concretas de crescimento patrimonial.