Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira, 21, mostra que, para a maioria da população, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria abrir mão da tentativa de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026 e apoiar outro candidato. Inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o capitão da reserva tem resistido em reconhecer sua condição e, entre seus aliados, a posição é de aguardar até o último momento, na tentativa de reverter sua condição judicial. Na visão de 65% dos entrevistados pelo instituto, contudo, Bolsonaro deveria seguir outro caminho. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) aparecem como os herdeiros preferidos.
Apenas 26% responderam que Bolsonaro deveria manter o posicionamento por uma candidatura à Presidência. Quando considerado o posicionamento político do entrevistado, o cenário varia um pouco: entre os bolsonaristas, 66% acreditam que o ex-presidente deve tentar ser candidato; entre os eleitores de direita, mas não bolsonaristas, 53% acreditam que o capitão deve largar o osso e definir quem vai herdar seu capital político no próximo pleito.
Nos últimos dias, tal assunto causou uma troca de farpas nas redes sociais. Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do ex-presidente, criticaram governadores à direita que tentam se viabilizar como alternativa para a disputa presidencial e os chamou de “ratos”. Mesmo em um turbulento contexto político e policial, além da condenação judicial, a dupla tem resistido em acenar para outros nomes para concorrerem no lugar de Jair.
Segundo o levantamento, se isso acontecer, para a maioria dos entrevistados (16%), a candidata do bolsonarismo deve ser Michelle Bolsonaro. Tarcísio de Freitas aparece em seguida, com 14%, seguido por Ratinho Jr (PSD, 10%), Pablo Marçal (PRTB, 6%, mas também inelegível) e Eduardo Leite (PSD, 4%).
No total, 12.150 pessoas foram entrevistadas de 13 a 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais.