Prestes a deixar o comando do STF, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou nesta segunda-feira que o grande problema do mundo não é a polarização, mas a intolerância e o extremismo.
“Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo. É meu parceiro na construção de uma sociedade aberta, plural e a gente tem que conviver com o diferente. O pensamento único só existe em ditaduras. O grande problema, ao contrário do que se difunde, não é a polarização. Ideias diferentes sempre vão existir. O que aconteceu de novidade no mundo foi a intolerância, o extremismo, a incapacidade de aceitar quem pensa diferente. A democracia tem lugar para todo mundo que se disponha a jogar pelas regras do jogo”, destacou o magistrado.
A declaração ocorreu durante a a vista do presidente da Corte à Escola Estadual Liceu Cuiabano, em Cuiabá, que marcou o lançamento da iniciativa “Diálogos com as Juventudes”. O projeto pretende aproximar o Poder Judiciário dos jovens brasileiros.
“A vida é feita de liberdade de expressão, é de cidadania. O que eu procuro compartilhar com os estudantes é que a vida é plural, a vida comporta críticas, elogios. O que nós precisamos recuperar é a civilidade, a capacidade de pessoas que pensam diferente poderem conviver com respeito e consideração”.
