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O choro de Neymar: vergonha na cara ou lágrimas de crocodilo?

Neymar sentou no gramado do Morumbis e chorou. A cena, ao fim da goleada do Vasco sobre o Santos, no domingo, 17, comoveu muita gente e foi combustível de ataques impiedosos ao atacante na terra sem lei das redes sociais. Seis a zero, um gol no primeiro tempo e o restante no segundo, foi demais para o craque que voltou à Vila Belmiro no ocaso de sua carreira, mirando uma última chance com a seleção brasileira na Copa do Mundo do ano que vem, nos Estados Unidos, Canadá e México. Com a derrota, o Peixe é o 15ª colocado na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. São apenas 21 pontos.

A partida de domingo, no Morumbis, entrou para a história — o técnico Cléber Xavier foi demitido ainda nos vestiários. Foi a terceira maior goleada sofrida pelo Santos. As anteriores foram: Internacional 7 x 1 Santos, em 2023, e Corinthians 7 x 1 Santos, em 2005. O resultado superou a maior goleada anterior para o clube cruzmaltino, que havia sido 5 a 1, placar que se repetiu em três ocasiões. Além disso, a goleada marcou a pior derrota na carreira de Neymar. Os revezes mais expressivos com ele em campo até então haviam sido por 4 a 0.

Mas  foi vergonha na cara ou foram lágrimas de crocodilo? Todo o contexto, inclusive o apoio dado pelo técnico do Vasco, Fernando Diniz, na saída do gramado, sugere que Neymar se sentiu envergonhado, sim, humilhado, até. Como ele mesmo disse aos jornalistas que o esperavam na zona mista do estádio são-paulino: “Decepcionado total com o nosso jogo. A torcida está no direito de fazer todos os tipos de protestos, obviamente sem as vias de fato. Mas xingar e ofender hoje está no direito. Sentimento de muita vergonha, nunca tinha passado por isso na minha vida. O choro é de raiva, de tudo. Infelizmente, não consigo ajudar de todas as formas. Hoje foi uma merda, essa é a realidade”.

A grande questão é que Neymar não se deu conta ainda do que ele mesmo fez ao Santos, clube que o revelou e que lhe abriu caminho para uma carreira no mínimo bem sucedida no exterior. No campo, chorou pelo resultado, mas talvez devesse chorar por si mesmo — já que ele e o pai se tornaram a grande eminência parda no Peixe. Ou seja, tudo é feito mirando os objetivos aos quais ambos se propuseram, e um deles é fazer o atacante chegar à seleção de Ancelotti. Mas, como ele mesmo publicou nas redes sociais, o Santos “não merece isso”.

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