counter Funk gospel: o gênero musical que vem sacudindo a Igreja Evangélica – Forsething

Funk gospel: o gênero musical que vem sacudindo a Igreja Evangélica

Nessa semana, a mulher do jogador Lucas Paquetá, Duda Furnier, contou que treinava na academia ouvindo funk gospel. O gênero musical ainda é novo, sendo popularizado entre, acredite, os mais jovens. Mas as igrejas menos ortodoxas já tocam essas músicas nos seus cultos a altos decibéis. Nos últimos anos, diversos funkeiros, inclusive, aportaram seu estilo de vida no evangelho. Dentre eles, MC Tati Zaqui, Jottapê – que protagonizou uma série da Netflix sobre funk – e MC Daniel.

Um dos maiores artistas do gênero é o DJ Bruninho Music. Como produtor, ele cria a batida de funk e incorpora a letra com a pregação da “palavra de Deus”. Atualmente, o artista tem mais de 100 mil ouvintes no Spotify e músicas com mais de 2 milhões de streams. Em uma delas, Salmo 150, ele faz um trocadilho com o ritmo 150bpm (típico do funk “mundano”) e sermões da Bíblia. “No Salmos 150 o que Davi falou/ tudo o quanto tem fôlego/ vai louvando ao Senhor’’, canta no refrão, empolgado. 

MC Jamil também faz sucesso juntando funk e evangelho. Com 319 mil ouvintes mensais no Spotify, o cantor acumula 1 milhão de seguidores no Instagram e shows ao redor do país. Na música Tropa de Jesus, uma das mais conhecidas do seu divino repertório, ele chama o filho de Deus de “brabo”, gíria comum entre os jovens. “Hoje eu sou da tropa/ do filho do homem/ Te apresento o Jesus Cristo/ o brabo tem nome’’.

O estilo musical que invade as igrejas evangélicas também se traduz no comportamento e na moda dos fiéis. Além de usarem e venderem roupas casuais, parecidas com a do street wear, típicas dos adolescentes, os adeptos do tal gênero de louvação gostam de fazer uma espécie de festa com cantores e DJs após os cultos, tocando remixes de funk de música gospel para além do “amém”. 

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