O histórico de conflitos de Madonna com a Igreja Católica reúne uma série de episódios notórios, incluindo as três vezes em que foi excomungada. No entanto, alguns eventos recentes levantaram suspeitas de que a rainha pop, que completa 67 anos neste sábado, 16, vem buscando a paz com o Vaticano. Um dos casos foi a comemoração pública da cantora, em junho deste ano, ao saber de um possível parentesco com o papa Leão XIV. A descoberta inusitada foi revelada após uma investigação do The New York Times, que, ao rastrear a árvore genealógica do atual líder da Igreja Católica, encontrou conexões curiosas entre o pontífice e celebridades, como Justin Bieber, Angelina Jolie e Hillary Clinton. Segundo a reportagem, a diva pop e o papa seriam primos distantes, de nono grau, ligados por um ancestral materno datado de 1590. “Silvio. Somos parentes do papa. Faça uma pose”, escreveu a artista em uma publicação no Instagram ao lado do pai, Silvio Ciccone, 94, sem perder o tom irônico que lhe é característico.
Outro sinal de uma trégua foi na segunda-feira, 11, quando Madonna fez um apelo a Leão XIV para que visite a Faixa de Gaza para ajudar crianças palestinas. “Santíssimo Padre. Por favor, vá a Gaza e leve sua luz às crianças antes que seja tarde demais. Como mãe, não suporto ver o sofrimento delas. As crianças do mundo pertencem a todos. O Senhor é o único de nós a quem não se pode negar a entrada. Precisamos que os portões humanitários sejam totalmente abertos para salvar essas crianças inocentes. Não há mais tempo. Por favor, diga que você irá”, escreveu a cantora em um post no Instagram publicado no dia do aniversário do filho Rocco. “Sinto que o melhor presente que lhe posso dar como mãe é pedir a todos que façam o que puderem para ajudar a salvar as crianças inocentes apanhadas no fogo cruzado em Gaza. Não estou apontando dedos, colocando culpa ou tomando partido. Todo mundo está sofrendo. Incluindo as mães dos reféns. Eu rezo para que eles também sejam libertados. Estou apenas tentando fazer o que posso para impedir que estas crianças morram de fome”, completou.
Sempre vista como polêmica, Madonna acumulou atritos com o Vaticano nas últimas décadas. Em 1989, quando lançou a música Like a Prayer, foi expulsa pela primeira vez da Igreja Católica. O clipe revoltou o clero ao aparecer beijando uma divindade negra, que seria a representação de Jesus Cristo, em uma capela. Já em 1990, ela voltou a ser indesejada pelos religiosos quando simulou a masturbação na performance de Like a Virgin durante uma turnê. Na década seguinte, em 2006, gerou mais uma revolta na comunidade ao usar uma coroa de espinhos na cabeça, “pregada” em uma cruz espelhada, durante a performance de Live To Tell. A mais recente controvérsia foi com o papa Francisco (1936-2025). Em dezembro de 2024, ela fez duas montagens de fotos utilizando inteligência artificial, nas quais aparece com roupas sensuais e abraçada com o pontífice. Na legenda, completou a alfinetada com “é bom ser vista”. Será que vai mudar?
