Michael Jordan está se aventurando em outro esporte bem longe das terras da NBA. O atleta aposentado participou do White Marlin Open em Maryland, nos EUA, um tradicional torneio de pesca com premiações milionárias e requisitos inusitados. Para evitar trapaças na competição, os participantes passam por um teste de polígrafo para detectar mentiras. Exagero? Se vale de justificativa, mesmo com o segundo lugar, o seis vezes campeão da liga de basquete americana e sua tripulação receberam 400 mil dólares (R$2 milhões), enquanto o primeiro colocado levou 9,75 vezes mais.
À bordo do Catch 23, mesma numeração que Jordan vestiu na franquia de Chicago, seu companheiro de equipe Trey “Cricket” McMillan fisgou um marlim-branco de 31 quilos. Diferente de seus tempos de glória nos Bulls, a tripulação com Jordan ficou em segundo lugar, mas não tirou o prestígio da conquista no campeonato tradicional e bem pago aos vencedores. O lugar mais alto no pódio ficou com Dan Gough, do barco Billfisher, com um marlim de 32 quilos, que levou 3,9 milhões de dólares, cerca de R$20 milhões.
A recepção do barco foi digna de uma lenda e acompanhada da trilha sonora marcante dos títulos da NBA: a música Sirius, tocada na entrada dos jogadores da geração vitoriosa do Chicago Bulls no anos 90, recebeu de volta ao cais o Catch 23.
Detector de mentiras
Com tanta pompa e dinheiro na disputa, os organizadores da competição instauraram regras bastante rígidas aos competidores. Há 20 anos, um teste de polígrafo, detector de mentiras, é exigido dos tripulantes para garantir que as regras em alto mar foram cumpridas.
Entre as regras do torneio, os participantes não podem começar a pescar antes das 8 horas da manhã, o peixe deve estar fisgado no anzol até às 15h30 e a balança pesa as pescas até 21h15; o tripulante que pescar o peixe não pode ser ajudado pelos companheiros que apenas podem tocá-lo para evitar uma queda do barco, caso contrário a pesca será desconsiderada; e os barcos só podem pescar durante os cinco dias de competição, neste ano estendidos a sete por conta de um temporal.
Em 2016, o competidor Phil Heasley ficou sem os seus 2,8 milhões de dólares pelo seu marlim-branco de 34 kg. O participante não passou no teste do polígrafo e o caso foi parar na justiça do Condado de Worcester. A organização do torneio venceu o caso, e tirou a premiação do barco tripulante que teria iniciado a pesca antes do horário permitido.