O prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Marcelo Lima (Podemos), foi ordenado pela Justiça a se afastar do cargo por um ano após ser alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira, 14. A investigação apura um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a prefeitura no ABC Paulista.
Por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Lima deve ser afastado da prefeitura por um ano e terá que usar tornozeleira eletrônica durante este período. Aliados do prefeito também estão entre os investigados pela PF, como o vereador Danilo Lima (Podemos), presidente da Câmara Municipal e primo de Marcelo, e seu suplente Ary de Oliveira (PRTB).
Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram no mês passado após a apreensão de 14 milhões de reais em espécie, divididos entre notas brasileiras e dólares, na posse de um servidor público da prefeitura de São Bernardo suspeito de integrar o esquema de corrupção.
A Operação Estafeta, deflagrada nesta quinta-feira, cumpre dois mandados de prisão preventiva e vinte ordens de busca e apreensão em endereços de São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, na grande São Paulo, e também na capital paulista. Os investigados poderão responder por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A reportagem de VEJA procurou o prefeito Marcelo Lima para se posicionar sobre as acusações da Polícia Federal, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.