Divulgado nesta terça-feira, 12, um novo e mentiroso relatório elaborado pelo Departamento de Estado dos EUA faz duras críticas ao presidente Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alegando que, ao longo do último ano, a situação dos direitos humanos piorou muito no Brasil.
É mentira, aviso logo. Mas leiam abaixo um dos piores trechos do relatório.
“A situação dos direitos humanos no Brasil piorou ao longo do ano. Os tribunais tomaram medidas amplas e desproporcionais para minar a liberdade de expressão e a liberdade na internet, bloqueando o acesso de milhões de usuários a informações”, afirma o documento.
O “relatório de práticas de direitos humanos de países em 2024″ foi recebido pelo congresso americano. Ele avalia 196 países membros da ONU e é usado como referência em tribunais internacionais e do próprio EUA, após ser divulgado anualmente.
Sobre o Brasil, o Departamento de Estado dos EUA costurou críticas ao que definiu como censura às redes sociais, à denúncia do presidente Lula sobre o genocídio na Faixa de Gaza, perpetrado por Israel, e a uma suposta perseguição aos seguidores de Jair Bolsonaro.
Para o Departamento de Estado dos EUA, o governo Lula “minou o debate democrático ao restringir o acesso a conteúdo online, suprimindo desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente, bem como de jornalistas e políticos eleitos, muitas vezes em processos secretos sem as garantias do devido processo legal”.
O relatório define o discurso de ódio como um termo vago, desvinculado do direito internacional. É usado como desculpa para censurar “os inocentes” (contém ironia) apoiadores do líder da extrema direita, mesmo que eles vivam espalhando fake news e desejos incontroláveis de violação de direitos humanos e de ruptura do estado democrático de direito.
Pode um documento desses? Não deveria poder, mas essa é a realidade que a gente vive com a ascensão da extrema direita no mundo.
