Pelo menos três parlamentares que participaram da ocupação do plenário da Câmara na semana passada devem enfrentar punições mais duras e podem até ter seus mandatos suspensos nos próximos meses.
Essa é a avaliação de aliados do presidente da Casa, Hugo Motta, que acreditam que a eventual ausência de reações efetivas ao protesto poderia criar precedentes e colocar em xeque a capacidade de comando do paraibano.
Os bolsonaristas inviabilizaram os trabalhos da Câmara entre terça e quarta-feira ao promoverem um motim, ocupando fisicamente a Mesa Diretora, em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
Motta chegou a acenar para a possibilidade de uma suspensão cautelar de mandato, que teria o rito sumário e poderia ser decretada em questão de dias.
Após a crise esfriar um pouco, o chefe do Legislativo e os outros integrantes da direção da Casa despacharam as denúncias para o corregedor Diego Coronel.
Com o movimento, a Mesa Diretora acabou dando um ritmo mais lento ao processo contra aqueles que participaram da rebelião, fomentando o temor de que “tudo poderia acabar em pizza”.
Na avaliação de líderes próximos de Motta, o andamento pode até demorar, mas três deputados devem enfrentar as consequências de seus atos no plenário.
As apostas giram em torno dos nomes de Marcos Pollon, Marcel Van Hattem e Zé Trovão.
Outros participantes do motim podem até ser punidos, mas sofreriam penas mais brandas, acreditam interlocutores do presidente da Casa.