A Viveo, que atua na fabricação, distribuição e logística de materiais médicos, apresentou seus resultados trimestrais. A foto não é boa, mas o filme saiu melhor do que a encomenda.
O grupo atingiu receita líquida de 2,8 bilhões de reais no período, crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro bruto cresceu 6,8% no trimestre, elevando a margem bruta para 15%, um ganho de 0,6 ponto percentual em relação ao segundo trimestre de 2024.
No segundo trimestre deste ano, a companhia apresentou fluxo de caixa livre de 176 milhões de reais. O ciclo de caixa apresentou melhora de 12 dias no período em relação ao segundo trimestre de 2024.
As boas notícias terminam por aí. O prejuízo líquido no período foi de 44 milhões de reais, frente ao resultado negativo de 1 milhão de reais do ano passado, consequência do pagamento de juros da dívida, que segue alta. A companhia registrou alavancagem de 4,33x/Ebitda. No segundo trimestre de 2024, esse valor estava em 3,16x/Ebitda.
O compromisso firmado com os credores, no início deste ano, era fechar este período com até 4,75x/Ebitda, portanto acima do que foi registrado — e baixar a alavancagem para 3,5x até junho do ano que vem. Tarefa difícil, mas não impossível para o presidente Leonardo Byrro: “Nossa reestruturação foi dividida em duas fases. Na primeira, estamos otimizando a operação e cortando custos; na segunda vamos atacar nossa estrutura de capital, renegociar dívidas e desinvestir”.
Para Byrro, o calvário da Viveo é fruto de uma dificuldade de integração das quase 30 aquisições que a empresa realizou nos últimos anos, aumento da taxa de juros e desafios inerentes do setor de saúde. “Estamos confiantes de que estamos no caminho certo, mas o processo é doloroso. Não é fácil combinar rentabilidade com geração de caixa, mas fizemos isso. Agora vamos acelerar a desalavancagem”, diz.