O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, fez elogios à postura do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, nos últimos dias – seja em relação ao motim bolsonarista interrompendo o trabalho no Congresso Nacional, seja sobre a tentativa da oposição de pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
“Davi [Alcolumbre] deixou claro que podem ter 50, 60 assinaturas que impeachment de um ministro do STF passa pela atribuição do presidente da Casa, que ele não abrirá mão. Também foi duro no motim ao dizer que quem estivesse no plenário às 18 horas seria recolhido pela polícia legislativa, independentemente do partido ou do senador que atrapalhasse os trabalhos”, afirmou Randolfe à coluna.
Para o líder do governo, é óbvio que o governo Lula vive um momento importante na relação com o presidente do Senado, especialmente com essa postura, mas é mais do que isso. “Acho que diz menos ao governo e diz mais respeito à autoridade da presidência da Casa. Isso daí era uma ofensa ao parlamento. É uma ofensa à instituição. Isso era um oito de janeiro de dentro pra fora”, avalia Randolfe.
A avaliação interna é de que Alcolumbre não foi tutelado por ninguém, nem mesmo pelos ministros da ala política da quinta gestão petista. Ele apenas demonstrou experiência por já ter presidido o Senado, e não titubeou como o presidente da Câmara, Hugo Motta.