O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) entrou nesta segunda-feira, 11, na fila de parlamentares, políticos e aliados que querem visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro na prisão domiciliar. No pedido, o deputado mineiro não apresentou justificativas, mas solicitou que, se a autorização for concedida, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleça as regras da visitação.
Um dos motivos pelos quais foi decretada a prisão domiciliar de Bolsonaro foi a ligação que ele fez com Nikolas na manifestação do dia 3 de agosto na avenida Paulista, em São Paulo. Na ocasião, ainda estavam valendo apenas as medidas cautelares (o ex-presidente não podia sair de casa aos finais de semana, feriados e no período noturno e tampouco podia ter redes sociais).
Além da ligação com Nikolas, outro movimento que pesou na decisão que decretou a prisão domiciliar foi uma chamada feita com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que colocou o pai para falar no viva voz com os manifestantes de Copacabana, no Rio. Além disso, o Zero Um também publicou nas redes sociais uma foto do ex-presidente usando o celular, com uma legenda que simbolizava um recado do pai.
Desde que a prisão domiciliar foi decretada, uma lista longa de políticos têm feito solicitações a Moraes para ir à residência de Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), o líder do PL Sóstenes Cavalcante, o presidente do PP Ciro Nogueira e uma longa lista de deputados já conseguiram autorização. Porém, vários pedidos ainda não foram analisados — há pastores, padres, amigos do ex-presidente e vereadores pleiteando o direito de visitar o ex-presidente.
Até o momento, apenas um pedido foi expressamente negado: o do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). Como ele também é investigado no STF e Bolsonaro está proibido de ter contato com pessoas que também estejam na mira da Polícia Federal, o pedido de visita foi negado por Alexandre de Moraes.