Neste domingo, 10, foi ao ar no Fantástico a primeira entrevista de Gilberto Gil desde a morte da filha Preta, há três semanas. Na conversa, o artista de 83 anos disse que o diagnóstico de câncer da cantora foi “muito duro” desde o inicio, e que as possibilidades de cura “eram pequenas”.
Questionado sobre como a família tem lidado com a partida, Gil disse que há uma tristeza natural. “Ainda precisamos nos acostumar com a perda, com a falta. Preta era uma menina muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo”, contou ele, dizendo que a filha sofreu muito, e que o fim deste sofrimento é uma espécie de acalento que “conforta um pouco e ajuda a resistir à dor e ao sofrimento da perda.”
Morta dos 50 anos, Preta não foi a primeira filha que Gil perdeu. Em 1990, Pedro, o primogênito do cantor, morreu aos 20 anos em um acidente de carro. “Quando eu perdi meu outro filho lá atrás, me queixava enfaticamente de que era esquisito a gente enterrar os filhos. Com a Preta, a gente teve tempo de, de uma certa forma, irmos nos acostumando com a ideia”, comparou ele.
O astro da MPB ainda revelou que Preta expressou em vida o desejo de ser cremada e de que suas cinzas fossem dívidas entre amigos e familiares — pedido especial que foi atendido após sua morte. “Tem gente que quer usar as cinzas dela para fazer uma espécie de joia, outros querem ter um pouquinho dela em casa, talvez seja o caso da família jogar um pouquinho no jardim de uma das casas ou jogar no mar lá na casa da Bahia”, disse Gil.
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