Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira 8 aos 66 anos, deixando um vasto repertório musical e homenagens de escolas de samba. O sambista, cria de Madureira e compositor de Meu Lugar, teve sua vida narrada na biografia O Sambista Perfeito, escrita pelo jornalista Marcos Salles. A obra conta detalhes de sua trajetória no mundo do samba e sua luta contra vício em drogas. Arlindo nasceu em Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro, e teve seu primeiro contato com a música aos 6 anos, quando passou a tocar cavaquinho.
Seu trabalho começou a ficar conhecido em 1980, quando integrou o grupo Fundo de Quintal, no entanto, com a fama, o sambista se familiarizou com a cocaína. Arlindo conseguiu combater o vício alguns anos antes de ter o primeiro AVC, em 2017. “Ele tentou parar algumas vezes. Se internou, tentou parar. Ele reconhecia isso, mas também entendia que era difícil. E segundo o Arlindinho (filho de Arlindo Cruz) conta, ali perto do AVC, ele tinha parado. Estava quase zero, praticamente zero (da droga)”, disse Salles.