Foi potente a fala da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, durante debate na FLIP, que se encerrou neste domingo, 3. Ela falou sobre a preservação necessária das florestas, como um dos pilares de discussão da COP 30, que acontece em novembro, no Pará.
“Falar da floresta requer lugar de contexto. A gente está vivendo um momento bastante estranho, estranhamento total. Parece que a gente está perdendo a dimensão de (entendermos) que somos seres e estamos aqui porque estamos sustentando uns pelos outros, pela nossa casa comum, que nos dá a possibilidade de existir. Dentre tantas bases de sustentação da vida, a floresta tem um papel essencial. É muito mais do que olhar para ela como algo homogêneo, cada bioma tem biodiversidade incrível. Não é tudo uma mata verde, há infinidade de vidas ali. (…) Só a floresta Amazônica produz vinte bilhões de toneladas de água por dia, que se espalham em forma de vapor. Não há tecnologia que substitui isso. (…) Além disso é um lugar simbólico de produção de identidade. (…) As leis da natureza não mudam em função dos nossos interesses”.
* O colunista viajou a convite da Motiva.