Mês novo, vida nova. Ou pelo menos, possibilidade de nova vida na bolsa de valores. Com a virada do mês, as casas de investimento começam a divulgar suas carteiras de investimento em renda fixa e variável. É o caso da Toro Investimentos, mantida pelo Santander. A carteira de agosto, com recomendações de ações para investir, apresenta lista com dez ativos. Há uma boa diversificação de segmentos, com papeis dos setores financeiro, de construção civil, varejo, óleo e gás, saúde e energia e saneamento.
Entre as recomendações, por exemplo, está a Cyrela (CYRE3). Recentemente, os analistas da Toro Investimentos elevaram o preço-alvo da ação – de 36 reais para 38 reais. Isso, mesmo com a preocupação, evidenciada no relatório, de que ocorra a desaceleração no mercado imobiliário para média e alta rendas. Já para defender a escolha de Lojas Renner (LREN3), a recomendação se baseia no momento de recuperação da empresa após experimentar desempenhos ruins em períodos do ano passado.

A Petrobras (PETR3) também está na carteira de investimentos sugeridas para agosto sob a seguinte justificativa: “É uma empresa líder do setor de Petróleo & Gás no Brasil. Acreditamos que as capacidades de produção e exploração da empresa, liderados por seus ativos de alta qualidade do pré-sal, permanecerão em vigor, apesar das incertezas no conselho administrativo”. A tese de investimentos na Petrobras sempre passa pelo componente político, uma vez que a empresa é estatal.
A Sabesp (SBSP3) aparece na lista da Toro justamente – também – pela recente privatização. Esse movimento, para os analistas “transformará a empresa em uma história de investimentos ainda mais atraente e a colocará entre as poucas ações com forte potencial de valorização nos próximos anos”.
Confira abaixo a carteira sugerida pela casa de investimentos

O momento da bolsa de valores
A bolsa de valores, vale lembrar, experimentou forte aceleração no primeiro semestre do ano, com recuperação em relação ao ano passado. Mas esse desempenho foi colocado à prova em julho.
A guerra comercial deflagrada por Donald Trump contra o Brasil afetou o Ibovespa e o principal índice de referência da B3 desvalorizou mais de 4%, movimento que não ocorria desde dezembro de 2024. É esse desempenho precário recente, e a incerteza com relação ao cenário externo, que coloca um ponto de interrogação na cabeça do mercado atualmente: o Ibovespa vai conseguir superar esse momento e valorizar a ponto de atingir os 150 mil pontos no fim do ano?
Só o tempo vai mostrar.