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Sem Bolsonaro, bolsonarismo prepara ida às ruas após ações dos EUA

Aliados de Jair Bolsonaro realizam no próximo domingo, 3, atos em diversas cidades do país como uma tentativa derradeira de arregimentar apoio contra o agravamento da situação judicial do ex-presidente, que está perto de ser julgado pela acusação de tentativa de golpe de estado.

Será a primeira manifestação nacional organizada pelo bolsonarismo depois de dois fatos importantes envolvendo o julgamento de Bolsonaro: a imposição de um tarifaço para alguns setores exportadores brasileiros e a aplicação da Lei Magnitsky (de restrição financeira internacional) contra o ministro Alexandre de Moraes, ambas motivadas, totalmente ou em parte, pela tentativa de intimidar o Supremo Tribunal Federal, o que não ocorreu.

Diferentemente de outras manifestações, que foram concentradas principalmente na Avenida Paulista, em São Paulo, desta vez os atos serão pulverizados por todo o Brasil — e não contarão com a presença do protagonista, Bolsonaro, alvo de medidas cautelares da Justiça e impedido de sair de casa aos finais de semana.

Organizadores, entre eles o pastor Silas Malafaia, argumentam que o objetivo não é “quantidade”, e sim marcar presença nas ruas contra o avanço do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente.

Com o mote “Reaja, Brasil”, os atos são parte de uma contraofensiva lançada por parlamentares bolsonaristas na esteira da decisão do ministro Alexandre de Moraes que, além do recolhimento domiciliar, ordenou também o uso de tornozeleira eletrônica. De acordo com os aliados, o movimento busca reunir cidadãos “inconformados com o atual cenário institucional” e “comprometidos com a reconstrução do Estado Democrático de Direito”.

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O ato em São Paulo deverá contar com presença ainda menor de personalidades. Além de Bolsonaro, o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) não deverá participar do ato. No mesmo dia, ele realiza procedimento na tireoide e, segundo o governo estadual, cumprirá agenda interna no gabinete na segunda-feira, 4.

Líder da bancada do PL na Câmara e figura carimbada nas últimas manifestações, o deputado Sóstenes Cavalcante deverá participar pela manhã do ato que acontece na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e depois seguir para a manifestação da Paulista. Aliados como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) devem fazer o mesmo, assim como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que participa do ato em Belo Horizonte e, na parte da tarde, é esperado em São Paulo.

Público

O último grande ato do bolsonarismo foi em 29 de junho, também na Avenida Paulista, e contou com a presença de Bolsonaro e aliados como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

A manifestação teve número considerado baixo de adesão: segundo o Monitor do Debate Público do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, cerca de 12.400 pessoas estiveram no ato. A medição mostrou uma queda contínua em relação a atos anteriores. Também na Paulista, o ato de 6 de abril deste ano reuniu 44.900 pessoas, segundo a USP. Em Sete de Setembro do ano passado, foram 45.400 pessoas e, em 25 de fevereiro de 2024, foram 185.000 apoiadores presentes.

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