Presa desde a última terça-feira na Itália, a deputada Carla Zambelli deverá permanecer nesta condição durante o processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.
A parlamentar passou por audiência de custódia, na manhã desta sexta-feira, em Roma. Após o procedimento, que funciona como uma primeira análise do caso, a justiça italiana decidiu pela permanência de Zambelli na prisão de Rebbibia, nos arredores de Roma, até que os trâmites do processo de extradição sejam finalizados.
A informação foi confirmada à VEJA por fontes do Itamaraty.
Foragida há quase dois meses, a parlamentar estava na lista de difusão vermelha da Interpol desde junho, quando deixou o Brasil pela Argentina, voou aos Estados Unidos e depois se escondeu na Itália, país onde a bolsonarista tem cidadania.
A prisão de Zambelli foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendendo a um pedido da PGR logo após a fuga ser confirmada pela própria parlamentar.
A parlamentar foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do CNJ. Ela ainda pode perder o mandato parlamentar, caso a Câmara referende a decisão do Supremo.