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Quaest: sanção a Moraes pela Lei Magnitsky é reprovada pela maioria

Um levantamento divulgado pela Quaest nesta quinta-feira, 31, sobre como as pessoas reagiram à sanção a Alexandre de Moraes por meio da Lei Magnitsky, imposta pelos Estados Unidos, mostrou que 60% dos usuários das redes sociais reprovaram a medida. Nesta quarta, 30, o governo de Donald Trump decidiu incluir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na listagem de pessoas com quem empresas americanas não podem ter vínculo, sob pena de sofrerem multas milionárias.

Entre os que reprovaram a ação do governo Trump, o principal argumento foi o desrespeito à soberania brasileira. Várias publicações nas redes identificadas pela pesquisa também afirmaram que a sanção não deve ter efeitos significativos, nem em relação a Moraes e nem em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro — que continua respondendo à ação penal pela tentativa de golpe de estado em 2022.

“A narrativa dominante é de que Trump estaria usando a lei de forma distorcida para proteger Bolsonaro, associando a ação a práticas golpistas, chantagem e ataques à soberania nacional”, diz trecho das conclusões da pesquisa.

Na outra ponta, cerca de 28% das menções ao assunto nas redes foram de apoiadores do ex-presidente favoráveis à sanção imposta por Trump, enquanto 12% se mantiveram neutros em relação ao assunto. Do lado dos bolsonaristas, a percepção principal sobre o ocorrido foi de que a sanção dos EUA é uma espécie de “legitimação” das críticas que o grupo faz à atuação do Judiciário brasileiro.

As palavras que mais apareceram nas publicações feitas pelas usuários foram “lei”, “inegociável”, “presidente” e “país”. Outras expressões também foram identificadas na pesquisa, sem o mesmo protagonismo: “anistia”, “tarifaço”, “Eduardo Bolsonaro”, “censura”, e “Donald Trump”, por exemplo.

A Lei Magnitsky foi criada para punir indivíduos ligados a casos de corrupção em larga escala e de violações graves a direitos humanos. A medida equivale a uma espécie de “estrangulamento financeiro” da pessoa punida, mas foi arbitrada pelo governo americano com fins políticos. Horas mais tarde, Trump adiantou também o decreto do tarifaço, com aumento de alíquotas para setores produtivos que exportam ao país, mencionando expressamente Bolsonaro.

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