O setor público consolidado, que reúne União, estados, municípios e estatais, fechou junho com rombo de 47,091 bilhões de reais. Em junho de 2024, o déficit havia sido de 40,873 bilhões de reais.
O Banco Central informou nesta quinta-feira, 31, os dados do relatório de estatísticas fiscais que mostram que a dívida bruta do governo geral (DBGG) subiu para 9,388 trilhões de reais em junho, o equivalente a 76,6 % do PIB, ante 9,264 trilhões de reais em maio, 76,1 %do PIB.
No acumulado de 2025, há superávit de 22,029 bilhões de reais. No primeiro semestre de 2024, o resultado tinha sido negativo em 43,448 bilhões de reais, melhora de 65,5 bilhões de reais. Segundo o BC, parte dessa melhora vem do calendário de precatórios. Em 2024 houve antecipação de pagamentos em fevereiro. Para 2025 estão previstos 63 bilhões de reais no segundo semestre. Em 12 meses até junho, o primário soma 17,925 bilhões de reais, o equivalente a 0,15 % do PIB. Em 2024, o ano terminou com déficit de 47,553 bilhões de reais, o equivalente a 0,4 % do PIB.
O governo central registrou déficit de 43,527 bilhões de reais em junho. As receitas ficaram praticamente estáveis, com menor recolhimento de dividendos de estatais e bancos públicos, e as despesas subiram 1,6%. O número é diferente do divulgado pelo Tesouro Nacional, déficit de 44,296 bilhões de reais, porque o Banco Central usa metodologia baseada na variação da dívida.
Os estados tiveram déficit de 1,354 bilhão de reais. Um ano antes, houve superávit de 2,011 bilhões de reais. Os municípios tiveram superávit de 400 milhões de reais. Em junho de 2024, houve déficit de 954 milhões de reais. No total dos governos regionais, estados e municípios somaram déficit de 954 milhões de reais, ante superávit de 1,057 bilhão de reais um ano antes. As estatais, sem Petrobras e Eletrobras, fecharam com déficit de 2,610 bilhões de reais. Em junho de 2024, o déficit havia sido de 1,742 bilhão de reais.
Os gastos com juros somaram 61,016 bilhões de reais no mês, abaixo dos 94,851 bilhões de reais de junho de 2024. O resultado foi influenciado pelas operações de swap cambial. Em junho de 2024 houve perda de 28,6 bilhões de reais. Em junho de 2025 houve ganho de 20,9 bilhões de reais, o que reduziu a conta de juros. Sem esses efeitos, a despesa com juros teria aumentado em 15,7 bilhões de reais na comparação com junho do ano passado, por causa da taxa Selic elevada e do crescimento da dívida. O resultado nominal, que soma primário e juros, ficou negativo em 108,107 bilhões de reais no mês, melhor que os 135,724 bilhões de reais de junho de 2024. Em 12 meses, o déficit nominal acumulado é de 894,388 bilhões de reais, o equivalente a 7,3 por cento do PIB.