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Suspenso por xingar Gleisi, deputado é procurado há mais de dois meses

Há mais de dois meses os oficiais de Justiça a mando do mais alto tribunal do país tentam encontrar o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) para que ele dê a sua versão dos fatos sobre o dia em que chamou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, de “prostituta”. O parlamentar, que foi suspenso da Câmara por três meses por conta do episódio, não foi encontrado até agora para ser oficialmente intimado.

O episódio aconteceu no dia 29 de abril. Durante uma sessão da Câmara, Gilvan se referiu à ministra como “amante”, um codinome atribuído à petista na lista de pagamento de propinas da Odebrecht, descoberta na Operação Lava-Jato — nada foi comprovado contra ele. Em seguida, Gilvan disse que a dona desse apelido “deve ser uma prostituta do caramba”. Ao mesmo tempo que foi aberto um procedimento contra ele no Conselho de Ética, Gleisi levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de uma queixa-crime.

No dia 6 de maio, Gilvan foi suspenso por três meses do seu cargo como deputado federal. A punição, solicitada pela própria Mesa Diretora, foi inédita e o placar, de 15 votos a 4, mostrou uma clara desvantagem para o bolsonarista. A queixa-crime no STF foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes, que mandou, no dia 16 de maio, notificar Gilvan para que ele se defenda.

A primeira tentativa de notificação foi no dia 26 de maio, no próprio gabinete de Gilvan na Câmara. Como ele já estava suspenso, não foi encontrado lá. Os advogados de Gleisi indicaram um segundo endereço, residencial, no Jardim Camburi, em Vitória, capital do Espírito Santo. Foi expedida uma carta precatória e o oficial de Justiça que foi até o prédio foi informado de que o deputado havia se mudado de lá. Os funcionários não souberam dizer para onde o deputado se mudou.

Gilvan tem uma advogada na queixa-crime, mas, mesmo assim, por causa das regras do processo penal, ele precisa ser notificado pessoalmente para que seu prazo de defesa comece a correr. A reportagem entrou em contato com a assessoria do parlamentar, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

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Morte de Lula

O episódio de agressão a Gleisi não é a primeira polêmica da carreira do deputado. Em abril deste mesmo ano, durante uma comissão, ele desejou em alto e bom som que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva morresse — o que lhe rendeu uma investigação aberta a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Bolsonarista fiel, ele se chama Gilvan Aguiar Costa e usa o codinome “da federal” por ser policial da corporação. Ele costuma usar uma bandeira do Brasil sobre as costas.

 

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