A ofensiva dos Estados Unidos contra o STF fez disparar as ameaças de atentado contra ministros da Corte.
Trata-se do pior momento desde o fim da cruzada golpista de 8 de janeiro de 2023, quando o discurso de ódio bolsonarista atingiu o pior estágio até então.
O setor de inteligência do Supremo classifica as ameaças em níveis de gravidade, a partir da capacidade do agressor de cumprir o que promete. Um aloprado que ataca ministros nas redes e tem formação militar, por exemplo, é considerado uma ameaça concreta.
Nesses casos, o Supremo encaminha as apurações para a Polícia Federal que investiga cada um dos radicais. Centenas de inquéritos já foram abertos por causa desses aloprados.
No ano passado, VEJA revelou algumas histórias e investigações sobre ameaças ao Supremo. Naqueles dias de setembro, os inquéritos da PF contra radicais somavam mais de 100 procedimentos.
Em novembro do ano passado, um homem tirou a própria vida na Praça dos Três Poderes ao tentar entrar com bombas caseiras no Supremo.
Meses depois, outro sujeito foi preso com bombas caseiras dizendo que tinha o objetivo de também cometer um atentado contra o tribunal.
Para ministros da Corte, a escalada de ódio ganha força com o discurso bolsonarista nas redes, que insiste em tentar livrar Jair Bolsonaro da prisão a partir de ameaças.