A bolsa de valores encerrou o pregão desta terça-feira, 22, praticamente no zero a zero, com redução de 0,1o%, aos 134 mil pontos. Isso segundo o site da B3 e tomando-se como referência o Ibovespa. O resultado ocorre ainda que o desempenho da Vale (VALE3) tenha sido bastante positivo. A mineradora fechou o pregão com valorização de quase 3% no pregão.
O papel da Vale (VALE3) tem bastante peso no Ibovespa, o principal índice de referência da bolsa brasileira. É por isso que o desempenho da bolsa como um todo tende a acompanhar a valorização, ou desvalorização da companhia. Ocorre algo semelhante com a Petrobras (PETR3; PETR4). Nesta terça-feira, os papeis da petroleira também se valorizaram.
A sessão também foi marcada pela queda da Embraer (EMBR3). A fabricante de aeronaves caiu em torno de 0,4%. A queda, claro, não foi tão expressiva. Mas o normal seria um desempenho bastante superior no Ibovespa um dia depois da companhia anunciar resultados muito positivos. O relatório que contempla a carteira de pedidos e entregas do segundo trimestre mostrou que os pedidos de aviação comercial totalizaram 13,1 bilhões de dólares. É o melhor resultado em oito anos.
Pessimismo com Embraer tem nome e sobrenome
O motivo para o pessimismo do mercado tem nome e sobrenome. Donald Trump. A tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras vai prejudicar a Embraer. O presidente da fabricante de aviões, Francisco Gomes Neto, estima que a taxa vai custar 20 bilhões até 2030.
“Os Estados Unidos são de longe o principal destino dos aviões da Embraer. Uma fatia significativa do faturamento da empresa vem de vendas nas américas, especialmente no mercado (norte) americano. Para se ter uma ideia, mais de 70% dos jatos executivos da fabricante brasileira são comprados por clientes dos Estados Unidos”, indicou Gustavo Moreira, que é planejador financeiro e especialista em investimentos.
Análise do BTG Pactual, emitida mais cedo, durante o pregão dessa terça-feira, seguia o mesmo caminho de análise. Para o banco, a questão que tinge “todo o otimismo em torno do segundo trimestre é o significativo risco adicional representado pelas tarifas de importação”.