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Polícia faz operação e ouve suspeitos de matar empresário em Interlagos

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou operação nesta sexta-feira, 18, para cumprir mandados de busca e apreensão em mais uma etapa da investigação para chegar aos assassinos do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos, capital paulista, em junho último.

Quatro pessoas foram conduzidas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Palácio da Polícia, região central de São Paulo, para serem ouvidas. Entre elas, um dos homens que atuou na segurança de um evento no dia em que Santos Junior foi morto. Investigadores afirmaram que o caso é considerado complexo, mas avanços na investigação ocorreram nos últimos dias.

Um dos suspeitos é lutador de jiu-jitsu, trabalhava no evento no dia do crime e tem antecedentes por furto e ameaça, informaram as autoridades. Na casa do suspeito, investigadores encontraram 21 munições de calibre 38. Após pagamento de fiança, ele foi liberado.

Relembre o caso

O empresário do ramo de óticas Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, 35, foi visto pela última vez na noite de 30 de maio, durante o Festival Interlagos 2025: Edição Moto, que ocorria no autódromo. Por volta das 19h40, ele conversou por mensagem com a esposa e foi em direção ao carro, no estacionamento, cerca de 200 metros do ponto principal do evento, mas não voltou para casa.

O corpo dele, no entanto, só foi encontrado na manhã de 3 de junho, por bombeiros e dentro de um buraco de três metros de profundidade e 45 centímetros de diâmetro. Ele estava preso na parte superior da fenda, sem sinais de ferimentos aparentes e com terra no rosto e nas vias respiratórias.

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A polícia começou a suspeitar de que tenha ocorrido um homicídio porque a carteira com dinheiro, documentos, celular, aliança e capacete estavam no local. Faltavam apenas calças e tênis. Não havia sinais de queda, luta ou tentativa de fuga, e o local não apresentava vestígios de sangue.

As investigações apontam que a morte deve ter ocorrido entre 36 e 40 horas antes da descoberta do corpo, descartando a hipótese de morte no próprio poço. A delegada chefe do DHPP, Ivalda Aleixo, considera mais provável que o corpo tenha sido colocado no buraco depois da morte.

Exames toxicológicos e radiografias estão em andamento para identificar substâncias no organismo do empresário, possíveis sinais de violência interna ou tentativas de defesa. Os laudos já obtidos até o momento apontam que a causa da morte foi asfixia.

Além da hipótese de que ele tenha sido assassinado, a polícia também não descarta a possibilidade de que o crime tenha ocorrido após um golpe do “boa noite, Cinderela”, mas ainda não há nenhum indício concreto. As autoridades também acreditam que mais de uma pessoa esteja envolvida no crime.

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