Pesquisa realizada pelo Bank of America e tornada pública nesta sexta-feira, 18, mostra que a maioria dos gestores consideram que o Ibovespa estará cotado a mais de 140 mil pontos no fim do ano. O relatório LatAm Fund Manager Survey ouviu trinta grande gestores que juntos tem 63 bilhões de dólares sob gestão.
A pergunta específica a este seleto grupo de conhecedores do mercado foi: “Onde você vê o Ibovespa no fim de 2025?” E 83% enxergam o principal índice da bolsa de valores brasileira acima dos 140 mil pontos. Ou seja, no mínimo a bolsa vai manter o desempenho atual. No começo do ano, importante lembrar, a bolsa brasileira oscila em torno dos 120 mil pontos.
Mas um ponto importante. A pesquisa foi realizada antes do presidente Donald Trump anunciar o tarifaço de 50% sobre os produtos exportados para os Estados Unidos pelo Brasil. Esse fato, antecipa o BofA, pode influenciar em futuras análises dos gestores. De fato, o Ibovespa vem experimentado uma rotina cambaleante nas últimas duas semanas. Na anterior, perdeu mais de 3,5%. Nesta, a queda experimentada até quinta-feira era de quase 0,5%.
E a taxa Selic?
Para o investidor que não investe em bolsa, mas tem boa parte – ou a parte integral de suas alocações em renda fixa -, o que interessa mesmo é a taxa Selic. Para esse clube de gestores, a taxa básica de juros administrada pelo colegiado da autoridade monetária vai chegar ao fim do ano entre 14,50% e 15%, sendo que a maioria dos respondentes (40%) espera mesmo que ela fique em 15%.

Recentemente, outro relatório, assinado por Mário Mesquita, que é economista-chefe do Itaú, indicava que a Selic deve ficar em torno do mesmo patamar, caindo para 12,75% no fim do próximo ano. Ou seja, o patamar ainda será elevado no último ano do terceiro governo do presidente Lula.