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Depois de recorde em 2024, mercado de capitais recua 4,6% no primeiro semestre

Depois de marcar o recorde histórico no ano passado, o mercado de capitais, que reúne as emissões de títulos de renda fixa e variável feitas pelas empresas no mercado financeiro para levantar recursos, encerrou a primeira metade de 2025 perdendo o fôlego. Entre janeiro e junho deste ano, as ofertas somaram 328,4 bilhões de reais em novos papéis como debêntures, CRIs, CRAs e ações, entre outros, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Anbima, associação das instituições que atuam no mercado de capitais. As emissões diretas de títulos no mercado são uma forma alternativa às empresas de financiarem seus projetos e seus negócios sem precisar recorrer a empréstimos nos bancos, onde os juros podem ser mais caros.

Responsável pela quase totalidade das emissões no período – 302 bilhões reais dos 328 bilhões de reais emitidos -, a renda fixa também recuou no período, de um valor de 310 bilhões de reais nas emissões do primeiro semestres no ano passado. A queda foi puxada em boa parte pelas debêntures, que responderam por 192,7 bilhões de reais do total e retraíram 6,8% na comparação entre os semestres – embora as vendas de debêntures incentivadas, que são destinadas ao financiamento do setor de infraestrutura e são isentas de imposto de renda, continuem crescendo e tenham renovado o seu recorde. As emissões desse grupo subiram de 70,7 bilhões de reais no primeiro semestre de 2024 para 74,5 bilhões de reais.

Os certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio (CRIs e CRAs), bem como os fundos de investimentos imobiliários são outros instrumentos da renda fixa ou híbrida que tiveram recuo no semestre, enquanto os volumes negociados em FIDCs, que são fundos de direitos creditórios, e notas comerciais cresceram.

Na renda variável, em que entram as ofertas de ações feitas pelas empresas, sejam primárias (os IPOs ) ou subsequentes, daquelas que já têm capital aberto (os follow-ons), o mercado seja perto de parado. O Brasil segue sem nenhum IPO desde 2023, enquanto as operações de follow-on somou 4,9 bilhões de reais no primeiro semestre, queda de 63% na comparação com um ano antes e o menor volume desde pelo menos o primeiro semestre de 2019, de acordo com a série da Anbima.

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