Fala, pessoas!
Toda semana recebo novas dúvidas de vocês — algumas bem comuns, outras que eu jamais imaginaria que alguém pudesse ter. E, numa dessas caçadas por perguntas curiosas, me deparei com uma dúvida que merece atenção: afinal, o certo é “Eu quis um copo d’água” ou “Eu quiz um copo d’água”?
Confesso que não imaginava que essa confusão com o verbo “querer” no pretérito perfeito do indicativo ainda gerava dúvidas por aí. Mas faz sentido! Afinal, muita gente está mais acostumada a falar do que a escrever esse verbo, e é aí que mora o perigo.
Quando a grafia nos escapa, o que geralmente fazemos? Buscamos sinônimos ou tentamos “adivinhar” com base na sonoridade. E como a nossa amada língua portuguesa é rica em sinônimos — diretos ou contextuais — acabamos desviando da palavra original sem perceber.
Mas a verdade é que QUIS e QUIZ são palavras completamente diferentes. Vamos esclarecer de vez essa dúvida?
QUIS: forma correta do verbo “querer” no passado
O verbo querer, quando conjugado no pretérito perfeito, leva S, nunca Z.
Exemplo correto: Eu quis um copo d’água.
Veja a conjugação completa:
- Eu quis
- Tu quiseste
- Ele/ela quis
- Nós quisemos
- Vós quisestes
- Eles/elas quiseram
E o “quiz” com Z?
Aqui está o pulo do gato: quiz, com Z, não tem nada a ver com o verbo “querer”.
A palavra quiz é importada do inglês e significa jogo de perguntas e respostas, muito usado em contextos escolares, educativos ou de entretenimento.
Exemplo: Participei de um quiz sobre conhecimentos gerais na escola.
A origem da palavra ainda é incerta — algumas versões apontam que teria surgido como uma piada no século XVIII —, mas o fato é: com Z, só usamos “quiz” nesse contexto lúdico
Recapitulando:
- QUIS = forma correta do verbo querer no passado.
- QUIZ = jogo de perguntas e respostas.
Simples assim!
Curtiu a explicação?
Então compartilha esse conteúdo com aquela pessoa que ainda escreve “quiz” querendo dizer “quis”.
Ah, e não se esqueça: toda terça e quinta tem coluna nova por aqui!
Professor Noslen Borges www.professornoslen.com.br Revisão textual: Prof.ª Ma. Glaucia Dissenha