Nas mais de 500 páginas de alegações finais entregues ao STF, nesta segunda, o chefe da PGR, Paulo Gonet, cita uma série de provas que mostram que o ex-chefe do GSI Augusto Heleno tinha inclinações golpistas desde o início do governo de Jair Bolsonaro, revelando-se, ao longo do plano um personagem com “participação imprescindível na trama golpista”.
Gonet listou ainda diferentes elementos que mostram como Heleno usou a Abin e seus contatos militares para espionar ilegalmente adversários de Jair Bolsonaro. O general atuou, segundo a PGR, em parceria com Alexandre Ramagem, o chefe do serviço secreto, para buscar informações que ajudassem a estruturar as narrativas fantasiosas que desqualificavam o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.
“Após a derrota nas urnas, o nome de Augusto Heleno seguiu relevante para a consumação do golpe de Estado”, escreve Gonet lembrando que Heleno seria o chefe do gabinete que seria montado após o golpe de Estado para “gestão de crise” aberta a partir da instalação do regime ditatorial.
